Patinetes Whoosh chegam ao Rio de Janeiro (imagem: divulgação/Whoosh)
Patinetes Whoosh chegam ao Rio de Janeiro (imagem: divulgação/Whoosh)

Empresas como Yellow e Grin não tiveram sucesso com o modelo de aluguel de patinetes no Brasil. Mas o fracasso dessas empresas não assusta a startup russa Whoosh. Ela acaba de iniciar as suas operações no Rio de Janeiro com 1.200 unidades elétricas.

O Brasil não é um mercado novo para a Whoosh. A companhia estreou em território nacional no final de 2023, atendendo a regiões de Florianópolis e Porto Alegre.

A chegada à cidade do Rio de Janeiro faz parte de um plano de expansão que começou no último final de semana. Nesta primeira fase, a Whoosh atende somente aos bairros de Ipanema, Leblon e Lagoa, mas a intenção é a de levar o serviço para outras regiões da cidade nas próximas semanas.

São 1.200 patinetes para a operação inicial no Rio de Janeiro. A startup pretende fazer esse número aumentar para 2.600 unidades nos próximos três meses.

Aprendendo com os erros

O que causa espanto na aposta da Whoosh é o fato de as experiências anteriores terem fracassado. Yellow, Grin, Lime e até a Uber tentaram vingar com o compartilhamento de patinetes no Brasil, mas nenhuma dessas operações deu certo.

Francisco Forbes, CEO da Whoosh Brasil, contou ao jornal O Globo que “a gente é da segunda geração desse modelo e se beneficiou do aprendizado com os erros do segmento no passado”.

Uma das medidas resultantes desse aprendizado é a criação de pontos virtuais de estacionamento. Ao final de uma corrida, o patinete deve estar dentro de um desses pontos, do contrário, o usuário continuará sendo tarifado.

Isso significa que os patinetes não podem ser largados em qualquer lugar. No Rio de Janeiro, serão cerca de 200 pontos virtuais na fase inicial, em áreas como praças e esquinas, explica o executivo.

Forbes destaca também o uso de patinetes da marca Segway que são mais resistentes que os modelos usados pelas iniciativas que fracassaram. Essas unidades oferecem ainda autonomia de 55 quilômetros, contra cerca de 15 quilômetros das versões mais simples. O CEO complementa:

Não haverá aquele monte de patinete quebrada, que era um problema comum. Além disso, esse equipamento permite que façamos a troca da bateria sem precisar retirar a patinete da rua. Isso aumenta a disponibilidade do serviço.

Francisco Forbes, CEO da Whoosh Brasil

Patinetes Whoosh (imagem: Facebook/Whoosh)
Patinetes Whoosh (imagem: Facebook/Whoosh)

Como a Whoosh funciona

Para começar, é preciso baixar o aplicativo da Whoosh via Google Play ou App Store. Na ferramenta, basta fazer um cadastro e usar o mapa para localizar patinetes nas proximidades. A unidade localizada deve ser desbloqueada para uso por meio de um QR Code.

No Rio de Janeiro, o serviço cobra uma taxa de desbloqueio de R$ 2 e acrescenta R$ 0,80 para cada minuto de uso. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito ou Pix.

Não há informação sobre a chegada da Whoosh a São Paulo ou outras cidades brasileiras, mas essa possibilidade existe. A startup está presente em mais de 60 cidades ao redor do mundo e segue em expansão.

Patinetes elétricas estão de volta ao Rio de Janeiro, agora via Whoosh