Nesta semana, o JPMorgan considerou o Magazine Luiza e a Embraer como empresas que têm potencial para representar avanços de tecnologia na América Latina. Ambas foram selecionadas para compor a chamada cesta de benchmark de inovação do banco estrangeiro.

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Com isso, o objetivo é aumentar a exposição das empresas no Morgan Stanley Capital International LatAm, sinalizando as escolhas delas em relação a inovação e tecnologia para o mercado e encorajando o aporte de investimentos.

Para cumprir esse propósito, o JPMorgan classificou companhias com valor de mercado acima de US$ 500 milhões e volume médio de ações negociadas por dia (ADTV) de US$ 1 milhão em três meses em três grupos distintos:


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  • Inovação pura
  • Expostas à inovação
  • Impulsionadas pela inovação
JPMorgan classificou Magalu como uma das empresas impulsionadas pela inovação na América Latina (Foto: Thelma Vidales)

Magalu impulsionada pela inovação

O JPMorgan enxerga o Magalu como uma companhia em processo de integração de inovação em suas operações. O banco norte-americano entende que a varejista não é uma empresa de tecnologia em sua essência, mas está comprometida em adotar tecnologias e práticas de inovação para se adaptar e evoluir.

A escolha acontece meses após o Magalu anunciar o lançamento do Magalu Cloud. A plataforma já oferece serviços de armazenamento, segurança e identidade, e recentemente anunciou uma parceria com a Dell para acelerar seu crescimento.

Dessa forma, o JPMorgan entende que a varejista fundada em Franca (SP) tem feito da inovação uma parte central de seu negócio e por isso foi classificada no rol de empresas impulsionadas pela inovação e que devem aproveitar oportunidades crescentes de melhoria no seu setor.

O Gerente de Relações com Investidores do Magalu, Lucas Ozorio, conversou com o e destacou a importância da seleção da companhia pelo banco norte-americano. O executivo descreveu como a tecnologia sempre fez parte do DNA da empresa, que conseguiu digitalizar suas lojas físicas e evoluir como um e-commerce de referência, chegando, agora, ao lançamento da sua própria Cloud.

“Esta indicação mostra que o mercado reconhece que estamos no caminho certo, tornando a tecnologia cada vez mais central em nosso negócio. Ela serve como um lembrete para os investidores de que, embora sejamos uma plataforma de varejo, nossa essência é tecnológica, e todas as nossas ações são impulsionadas pela tecnologia. Quando eventos como este ocorrem, alguns investidores, que se concentram exclusivamente em empresas de tecnologia, nos procuram para entender melhor o nosso negócio e como estamos posicionados na vanguarda da digitalização no Brasil”, comentou Ozorio à reportagem.

Embraer tem tendência de inovar

Uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, a Embraer foi selecionada pelo JPMorgan como uma das empresas que são expostas e impactadas diretamente pelas tendências de inovação.

Embora não seja considerada uma companhia líder em inovação, nem tenha foco em tecnologia, a aeroespacial brasileira é uma das que mais adota tecnologias para se manter competitiva em um mercado que está sempre se desenvolvendo.

A seleção para a cesta de benchmark de inovação do JPMorgan acontece poucos dias depois de a Embraer fechar contrato de venda de 20 aeronaves E2 para a Mexicana de Aviación. O movimento foi muito bem avaliado pelo banco, que destacou o crescimento da carteira de pedidos da aeronáutica para US$ 22,7 bilhões — valor mais alto desde o terceiro trimestre de 2015.

Embraer foi indicada pelo JPMorgan como uma das empresas que mais usam a tecnologia para se manter competitiva (Foto: Divulgação/Embraer)

Outra brasileira que entrou para essa lista foi a multinacional WEG. Uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, com atuação em áreas como automação de processos industriais e geração e distribuição de energia, a catarinense foi reconhecida pela instituição financeira por estar exposta constantemente a energias renováveis e a componentes de transporte elétrico e baterias.

Ao , o Diretor de Finanças e Relações com Investidores da WEG, André Menegueti Salgueiro, afirmou que a seleção para o benchmark do JPMorgan foi recebido pela companhia como um reconhecimento de sua trajetória de crescimento, sempre pautado pela inovação para construir um mundo mais eficiente e sustentável.

“Na temática da mobilidade elétrica, temos intensificado os investimentos em infraestrutura de recarga e desenvolvimento de powertrains e sistemas de baterias para veículos pesados, como ônibus e caminhões. Além disso, continuamos a solidificar a posição de líder em soluções inovadoras que suportam a transição energética, o uso de energias renováveis e o armazenamento eficiente de energia. Esses investimentos nos posicionam favoravelmente no mercado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do futuro energético global”, destacou Salgueiro.

Brasileira WEG também foi pinçada pelo JPMorgan para compor seu benchmark de inovação focado na LatAm (Foto: Reprodução/WEG)  

Catalisadoras de mudanças

Por fim, companhias como XP, Nubank, Stone e PagSeguro foram classificadas dentro do conceito de “inovação pura” do JPMorgan.

Em seu relatório, o banco estrangeiro destaca que essas companhias estão na vanguarda do desenvolvimento de produtos e serviços disruptivos, e que por isso as enxerga como “líderes indiscutíveis de inovação”. “Elas atuam como catalisadoras de mudanças em todo o ecossistema empresarial regional”, conclui o relatório.

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