O Itaú Unibanco anunciou que começou a fazer testes de conexão com a rede Starlink em uma agência do Rio de Janeiro. Segundo o banco, a iniciativa visa testar “como a internet via satélites de baixa órbita poderá levar um melhor padrão de conectividade para mais regiões do Brasil”. Locais mais distantes dos grandes centros urbanos são um foco importante para os experimentos.

Antena da Starlink (imagem: divulgação/SpaceX)
Antena da Starlink (imagem: divulgação/SpaceX)

O ensaio teve início em março de 2023 e é fruto de uma parceria com a SC Caprock, operação brasileira do grupo Speedcast, provedora com acordo global para venda dos serviços corporativos da empresa de Elon Musk.

Dessa maneira, o Itaú Unibanco acredita que há potencial para garantir uma qualidade de conexão competente em agências de todo o território brasileiro. Independentemente da localização. A intenção é a de oferecer operações mais rápidas para o atendimento dos clientes.

Vale lembrar que uma conexão por satélite como a rede Starlink não depende de infraestrutura de cabeamento. Isso quer dizer que, em teoria, ela pode ser aplicada em qualquer região para levar sinal de internet de boa qualidade. Os testes de março foram realizados em uma agência da Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fábio Napoli, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco, comentou sobre a tecnologia:

Essa evolução acelera nosso foco em unir a agilidade do ambiente digital com a conveniência do atendimento físico para oferecer a melhor experiência para nossos clientes de todo o Brasil. Em termos de conectividade, o satélite de baixa órbita se comporta de forma semelhante à fibra ótica, mas com o diferencial de ser mais maleável e de fácil implantação, o que significa que há um grande potencial para sua utilização em um país com uma dimensão territorial como o Brasil.

Agência do Itaú
Agência do Itaú (Imagem: Junios/Wikimedia Commons)

Enquanto o Brasil ainda está engatinhando com o uso da rede da empresa de Elon Musk, os estadunidenses se depararam com um aumento de preço no serviço.

No fim de fevereiro de 2023, a companhia anunciou que os assinantes que vivem em áreas com capacidade limitada precisariam pagar US$ 10 a mais por mês para manter a internet via satélite. Por outro lado, para os residentes de locais com capacidade excessiva, o custo reduziu em US$ 20, já que há uma concorrência maior.

Já no Brasil, ocorreu uma redução na mensalidade da Starlink em 2022. O corte chegou a ser maior do que 50% do valor pago pelos usuários. Por exemplo: houve casos de pessoas que desembolsavam R$ 500, mas que passaram a pagar R$ 230 a cada 30 dias.

Além disso, a velocidade da internet não foi reduzida para se adequar aos novos preços.

Itaú começou testes de conexão com a rede Starlink