O encontro faz parte de uma propaganda da Volkswagen para comemorar os 70 anos da montadora alemã no Brasil. As cenas mostram Elis dirigindo uma Kombi e Maria Rita ao volante de uma ID.Buzz, van elétrica da marca.
As imagens atualizadas de Elis foram feitas com uso da tecnologia de deepfake, que usa inteligência artificial para colocar rostos em vídeos, articulando movimentos dos lábios e expressões faciais.
O resultado costuma ser bem convincente — o que sempre levanta preocupações de mau uso, como golpes.
No caso da propaganda da Volkswagen, uma dublê dirigiu o carro e cantou a canção. Os programas AutoEncoders e StyleGan 3, que usam redes neurais artificiais, mesclaram o rosto da atriz e a imagem recriada de Elis Regina.
A pós-produção foi feita por uma empresa norte-americana, que tem trabalhos para Hollywood em seu portfólio.
Deepfake também serve para voz
No caso da propaganda da VW, a voz de Elis Regina é da gravação original de “Como nossos pais”, do álbum Falso Brilhante, lançado em 1976. Só as imagens foram geradas usando a tecnologia dos deepfakes. Porém, é possível recriar vozes também com a técnica.
Um exemplo disso é uma campanha do Mercado Livre lançada em 2021. A peça recriou a voz de José Antunes Coimbra, pai de Zico. O marketplace é um dos patrocinadores do Flamengo, clube em que Zico jogou e se tornou ídolo.
Falecido em 1986, Seu Antunes, como era conhecido, não viu pessoalmente nenhum dos 334 que o Zico fez no Maracanã. Em entrevista, o ex-jogador contou que o pai tinha ficado tão triste com a derrota do Brasil para o Uruguai na Copa de 1950 que nunca mais quis entrar no estádio.
Com o deepfake de voz, Seu Antunes “pediu” mais um gol de Zico, para que ele pudesse ver.
Propaganda “recria” Elis Regina usando deepfake para dueto com Maria Rita
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