A novidade tenta tirar proveito do alto interesse do público pela inteligência artificial generativa. O Bard se baseia num grande modelo de linguagem (LLM na sigla em inglês) para compreender o que é solicitado. Na sequência, propõe respostas.
Numa mesa redonda com jornalistas do país, os porta-vozes do Google reiteradamente disseram que o Bard é um experimento. Isto fica sinalizado na interface, de acordo com as imagens de divulgação. “Nós estamos muito otimistas sobre como a IA generativa pode ajudar as pessoas no dia a dia”, comemorou o gerente de marketing Leo Longo.
De acordo com ele, organizações parceiras deram apoio ao Google no processo de “localizar” o Bard. Foi necessário ensiná-lo a compreender nuances e temas sensíveis em cada novo local onde está disponível.
O conglomerado de internet faz sugestões sobre os usos mais interessantes do Bard:
- Criação de textos, como pedidos de desculpas ou convites
- Pedir dicas de lugares
- Encontrar orientações para dúvidas do dia a dia, como recomendações para ler mais
- Buscar passo a passo para explicar um tema a outras pessoas
Novidades da nova versão do Bard
O anúncio da chegada do Bard ao mercado brasileiro está inserido num contexto mais amplo, desta vez global. A ferramenta de IA também conta, a partir de hoje, com novas funcionalidades.
Confira o resumo abaixo:
- Fixar e nomear conversas.
- Ouvir as respostas em voz alta.
- Mais opções de estilo. Agora são cinco: simples, longo, curto, profissional ou casual.
- Exportar código Python para o Replit, além do Google Colab.
- Envio de imagens. Por meio da tecnologia de Google Lens, as pessoas poderão fazer perguntas ou dar comandos a partir de uma figura enviada ao Bard. Por ora, o recurso está previsto somente em inglês.
Falta de transparência sobre a fonte dos dados
Uma pergunta recorrente de membros da imprensa aos executivos do Google diz respeito à base de dados. Por exemplo, o Bard leva em consideração o conteúdo produzido por veículos jornalísticos ou publicado sob proteção de direitos autorais – caso de livros inteiros? A gerente de comunicação Claudia Tozetto afirmou que a ferramenta se baseia em “informação pública disponível na web”, sem entrar em detalhes.
“Estamos atentos a este tema porque o Google tem a filosofia de que não pode ter sucesso se o ecossistema inteiro da internet não tiver sucesso junto com a gente”, disse a executiva. Ela ressaltou que o Bard é uma novidade ainda em estágio de testes.
Já Bruno Possas, vice-presidente global de engenharia para busca, disse que o usuário pode perguntar ao Bard de onde vêm as informações. “O sistema consegue responder para alguns casos factuais, mas para outros não”, observou o executivo.
Como acessar o Bard?
Basta entrar no endereço bard.google.com. A interface em português será oferecida por padrão, mas os usuários poderão falar com o Bard em outros idiomas. É necessário utilizar uma conta Google para fazer o login.
O Google explica ao Tecnoblog que “neste período experimental, nós não temos um limite para o número de conversas diárias, mas nosso objetivo principal é garantir que a experiência seja útil para todas as pessoas para depois evoluir”.
Não custa lembrar que o Bard não substitui a ferramenta de busca do Google. Por ora, são produtos tratados de maneira independente.
Google Bard: ferramenta de IA é lançada no Brasil; entenda como usar
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