Tais informações podem apaziguar os ânimos dos fãs da marca. Hoje em dia, a Asus tem os seguintes focos no mercado brasileiro: notebooks, placas-mãe e smartphones. Confira todos os detalhes na entrevista exclusiva abaixo. Ela foi editada para fins de clareza e brevidade.
Thássius Veloso (Tecnoblog) – O Zenfone vai acabar?
Henrique Costa (Asus) – Não vai acabar. Você provavelmente acompanhou toda a saga desde que o Zenfone foi lançado, em 2014. Nós lançávamos até cinco modelos diferentes por ano. Depois ocorreu uma redução e agora praticamente lançamos uma geração anual. Já a linha ROG começou em 2018, inicialmente com uma equipe específica para desenvolver o produto gamer. Eram marcas distintas com times independentes. O ROG deu muito certo na Ásia e nos Estados Unidos, apesar de encontrar dificuldades por aqui por pesar demais para o bolso do brasileiro. Em meados deste ano, a gestão avaliou e decidiu fundir as duas equipes para que haja redução de custo e para que o desenvolvimento dos projetos fique mais leve. Foi uma correção de rumo que partiu da nossa sede em Taipei.
Desde a semana passada nós estamos tentando entender o que aconteceu. A quem interessa divulgar este tipo de rumor?
As movimentações de meados do ano chamaram a atenção do pessoal que acompanha as novidades da Asus. Eles fizeram um chute. Não sei dizer quem ganha com isso. Nós não somos tão grandes a ponto de incomodar Samsung e Motorola, por exemplo. (risos) Não acredito que qualquer um deles ganhe algo. Me parece ser falta de notícia! (risos) O pessoal tá publicando qualquer coisa para aparecer!
Quando chega o Zenfone 10?
Ele saiu no exterior e está em processo de homologação na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Deve ser lançado até o fim do ano.
De que forma a Asus balanceia os esforços entre Zenfone e ROG?
O ROG teve um sucesso tremendo por dar a chance de os gamers ganharem qualquer jogo. Você investe na ferramenta e conta com controles ultrassônicos, macros e desempenho. Isso foi absorvido rapidamente pelos nossos consumidores. É melhor do que qualquer produto que não foi feito para gaming, seja da Apple ou da Samsung. O Zenfone também tem uma boa taxa de lembrança entre os usuários que não são gamers.
Por que vocês reduziram o ritmo de lançamentos e o portfólio de modo geral?
Nós chegamos muito tarde ao mercado dos smartphones. Samsung, Motorola e outras marcas estavam bastante consolidadas. Chegar lá e conseguir um grande espaço custa muito caro. Os dispositivos mais baratos até vendem bastante, mas não são lucrativos. Você acaba perdendo dinheiro. A liderança da Asus optou por ficar com produtos high-end. O Zenfone é projetado para quem tem mais grana e busca o máximo desempenho. Se você comparar o Galaxy S21 ou Galaxy S22 com o Zenfone 8 ou Zenfone 9, vai perceber que nós cobramos menos para entregar desempenho equivalente ou superior.
O Zenfone 11 vai manter o formato compacto?
Não posso falar, infelizmente. (risos) A gente recebeu algumas informações, mas neste ponto ainda não posso falar.
O Zenfone vai mesmo acabar? Veja as respostas nesta entrevista exclusiva
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