A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT) convocou uma greve a partir de 23 de novembro, véspera da Black Friday. A paralisação por tempo indeterminado terá a participação de funcionários filiados aos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão.
Conforme o comunicado à imprensa, a greve é motivada pela recusa da direção dos Correios em ajustar cláusulas do acordo coletivo enviado no dia 27 de setembro. A FINDECT cita que buscou dialogar com a empresa durante os últimos 50 dias. Entretanto, eles obtiveram uma resposta que negligência as demandas.
Quais são as demandas dos trabalhadores dos Correios?
A FINDECT cita que uma das 26 questões do acordo coletivo é a não incorporação de R$ 250 ao salário base. A direção dos Correios propôs que o valor fosse pago em “steps”. Segundo os sindicatos, isso “coloca em risco a estabilidade financeira da categoria”.
Outra demanda é relacionada a tributação sobre a bonificação de R$ 1.500 em janeiro de 2024. Os sindicalistas argumentam que a ação pode reduzir significativamente os ganhos dos trabalhadores que já são impactados por outros descontos em folha.
Os representantes dos trabalhadores dos Correios ainda exigem melhorias no plano de saúde e condições laborais dignas. Eles também pedem a realização de um concurso público para atualizar o “efetivo defasado há mais de uma década”.
“Esta greve não se limita à correção de inconsistências do acordo coletivo, mas busca reivindicar direitos e dignidade para os trabalhadores”, encerra a nota da FINDECT.
E a Black Friday? Como fica?
De acordo com o secretário de comunicação da FINDECT, Douglas Melo, a greve ocorre nas regiões de atuação dos sindicatos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão. O grupo é responsável por 60% do fluxo postal do Brasil e equivale a 40% do efetivo de trabalhadores dos Correios.
O representante ainda afirma que será uma paralisação geral. Isso inclui áreas importantes, como a parte operacional e de logística. Setores com trabalhadores terceirizados iniciaram a greve ainda na tarde de quinta-feira (22).
Uma nota dos Correios informa que as unidades atuam normalmente e sem paralisação. Além disso, a empresa realizará uma série de medidas para garantir a normalidade dos serviços nos próximos dias. Para mais, ela classifica a greve como “parcial e pontual”.
O comunicado também destaca que a companhia concederá um aumento linear de R$ 250 para a maioria dos colaboradores a partir de 2024. Isso significa um aumento médio de 6,86% para mais de 71 mil funcionários.
De toda forma, supomos que os envios de produtos vendidos na Black Friday serão prejudicados. Com isso, os prazos de entregas deverão se estender por um tempo maior do que o normal durante o período de promoções no comércio eletrônico.
Com informações: FINDECT
Funcionários dos Correios anunciam greve às vésperas da Black Friday
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