Em dezembro, o Google revelou a pesquisa da tecnologia em um evento na Índia. A empresa também publicou um artigo na Nature Communications, uma das revistas da Nature, referência global em artigos científicos. Em seu site, o Google apresenta um “compilado” do seu artigo científico com os planos futuros da tecnologia.
Google explica desenvolvimento da IA leitora de “garrancho”
O Google criou esse primeiro protótipo da inteligência artificial usando dados públicos de receitas encontradas na internet — mas nenhum paciente estava associado aos documentos. Depois, a IA foi usada em receitas de pacientes e internados, sem identificá-los, para avaliar a sua eficácia.
A Big Tech também criou um sistema que reescreve textos para parecer que foi feito por um médico. Aqui não fica claro se o programa apenas faz textos com abreviações ou simula a caligrafia de garrancho — nada contra, também escrevo assim.
Um desafio da tecnologia é “unificar” o uso de diferentes abreviações e estruturas de receitas médicas. Um exemplo hipotético: um hospital usa “MS” para “multiple sclerosis” (esclerose múltipla) e outro utiliza a mesma abreviação para “mental status” (estado mental).
A IA precisa contar com um banco de dados amplo para entender o contexto. A outra dificuldade disso é que buscar receitas de pacientes reais pode guardar informações pessoais.
Na publicação em seu site, o Google explica que adaptou textos médicos com um algoritmo, reescrevendo-os com abreviações, para formar o banco de dados da IA. Desse modo, os desenvolvedores da tecnologia colocavam receitas médicas com palavras reduzidas no input, recebendo como resposta o texto com as abreviações expandidas.
Google tem concorrentes na área
A Alphabet não está “criando a roda” aqui. Há alguns anos, a Fyostudiodr e a TVTGroup lançaram apps que tem a mesma proposta de ler os garranchos nas receitas médicas. A diferença é que o Google quer usar as tecnologias de IA para desenvolver um produto mais ágil nessas leituras.
A empresa ressalta ainda que a ideia não é que a IA substitua o farmacêutico, mas que o auxilie nas leituras mais difíceis. Afinal, eles podem ser extremamente experientes em traduzir as receitas, mas uma ajudinha as vezes cai bem.
Google apresenta resultados de testes com IA leitora de receita médica
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