Durante a mais recente edição do Latin American Congress of Artificial Organs and Biomaterial (OBI), estudantes do ensino médio desenvolveram um braço robótico capaz de ajudar crianças com paralisia cerebral. O equipamento é capaz de reproduzir movimentos humanos em tempo real.

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O projeto dos alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico de Eletrotécnica da Escola Técnica Estadual (Etec) Jaraguá funciona através de sensores instalados ao longo do braço do usuário. Na prática, cada gesto que a pessoa faz é captado e enviado ao protótipo, por meio de radiofrequência, e o equipamento imita a movimentação.

A ideia é que o produto ajude na fisioterapia infantil, mais precisamente os pacientes em reabilitação, por meio de atividades lúdicas, que contribuam para o desenvolvimento da parte cognitiva e motora e reduzindo as consequências da paralisia cerebral. Com isso, o foco é promover a independência em tarefas do cotidiano.


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A submissão da ideia ao OBI foi feita no final do ano passado, e a apresentação online aconteceu em dezembro. Os próximos passos envolvem colocar em prática os estudos, e aplicar o braço robótico na fisioterapia, para auxiliar crianças com paralisia cerebral por meio de brincadeiras que utilizem movimentos fisioterapêuticos.

Embora tenha contracenado com diversos projetos de pós-graduação, o braço robótico foi reconhecido como o melhor da sessão em Neuroreabilitação.

Estudantes criam braço robótico que ajuda pacientes com paralisia cerebral (Imagem: Fakurian Design/Unsplash)

Paralisia cerebral

Segundo o Ministério da Saúde, a paralisia cerebral é a deficiência mais comum na infância, caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo. A pasta afirma que essas alterações são secundárias a uma lesão do cérebro em desenvolvimento e podem ocorrer durante a gestação, no nascimento ou no período neonatal, causando limitações nas atividades cotidianas.

Uma das principais causas é a hipóxia, situação em que, por algum motivo relacionado ao parto, tanto referente à mãe quanto ao feto, ocorre falta de oxigenação no cérebro, resultando em uma lesão cerebral. Vale ressaltar que, em casos graves, pode haver necessidade do uso de cadeira de rodas. As alterações cognitivas incluem problemas na fala, no comportamento, na interação social e no raciocínio. Os pacientes também podem apresentar convulsões.

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