O site de artigos Medium disse que não vai se opor à publicação de artigos escritos com ajuda de ferramentas de inteligência artificial, desde que o autor deixe explícito o uso. O posicionamento pretende tornar clara a política adotada daqui para frente, sem que as pessoas sejam surpreendidas de uma hora para outra.
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Em publicação oficial no blog, o vice-presidente de conteúdo do Medium, Scott Lamb, deu mais detalhes. Ele disse ser um apoiador do “uso responsável da tecnologia assistida por IA”, porém avisou sobre a exigência de rotulação de qualquer conteúdo criado desta maneira.
A medida seria uma forma de promover transparência e ajudar a definir as expectativas do leitor. Esta seria uma abordagem inicial pensada para atender as pessoas momentaneamente, portanto a empresa ainda poderia ajustar algo mais para o futuro, se necessário.
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Se uma publicação gerada por IA não tiver sido marcada como tal, a plataforma poderá aplicar uma sanção. Não haverá remoção de conteúdo, porém o alcance das recomendações do Medium serão reduzidos. Isso significa que o texto não aparecerá mais na seção “Para você”, na página inicial, nem no boletim “Medium Digest”, onde são indicados textos em alta para conhecimento da comunidade.
Medium em transformação tecnológica
O Medium era uma plataforma de blog pessoal que agora se transformou em uma editora. Além de hospedar artigos e reflexões, serviço oferece a venda de assinaturas para acesso a conteúdos exclusivos. É por isso que existe uma preocupação com a autoria, afinal as pessoas pretendem monetizar em cima dos seus textos.
Por enquanto, o site não verificará proativamente as peças publicadas em busca de texto gerado por IA. Embora já existam tecnologias capazes de detectar conteúdo criado por robôs, a ideia é deixar os usuários mais à vontade para se adaptar aos novos tempos. As demais regras, como plágio e apropriação indevida, ainda serão verificadas e passíveis de punição.
O ChatGPT enfrenta muitas barreiras no ambiente acadêmico-científico, principalmente com relação ao seu uso. Há uma dúvida se os pesquisadores poderiam solicitar apoio da ferramenta para redigir algo ou se tudo deveria ser feito pelo autor. Além disso, existe todo um debate sobre o ato de creditar ou não a ferramenta como um coautor.
Fato é que esta tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das universidades, inclusive com a possibilidade de aprovação em nos exames de medicina e direito. O ChatGPT também já enganou vários cientistas ao ser usado para produzir resumos de trabalhos científicos, o famoso abstract.
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