Estreia nesta quinta-feira (02) um dos filmes com o maior número de indicações ao Oscar 2023. Os Banshees de Inisherin disputa nove estatuetas, ficando atrás apenas de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. Esse número impressiona, mas é totalmente compreensível diante do peso de seu elenco e também da originalidade de seu roteiro.

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Ao mesmo tempo, esse título um pouco mais complicado pode assustar algumas pessoas. Vamos combinar que Os Banshees de Inisherin não diz muita coisa e é difícil se interessar por algo assim à primeira vista. Contudo, o longa dirigido por Martin McDonagh é uma das melhores coisas a chegar ao cinema neste começo de ano e um forte candidato a levar alguns Oscar para casa no mês que vem.

 

Se você não tem ideia do que se trata, conheça mais sobre o longa, as razões pelas quais ele vem sendo tão badalado e por que você deve assistir à essa história no cinema.


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Quando uma amizade chega ao fim

A premissa de Os Banshees de Inisherin é até bem banal. Do dia para a noite, dois moradores de uma ilha remota na Irlanda terminam uma amizade. Na verdade, é um fim monocrático, com Colm Doherty (Brendan Gleeson) decidindo que não quer mais saber de Pádraic Súilleabháin (Colin Farrell) por considerá-lo chato demais.

É claro que as razões para esse término repentino são mais profundas do que isso e que são aprofundadas ao longo das quase duas horas de filme e vai estar diretamente relacionada ao isolamento com que os moradores da ilha vivem. Assim, esse abrupto é apenas um grito desesperado por algo maior que é desenvolvido ao longo da trama de forma bastante sutil e interessante.

O fim de uma amizade se torna a porta para discussões bem mais profundas e complicações ainda maiores (Imagem: Divulgação/Searchlight Pictures)

Ao mesmo tempo, temos Pádraic não aceitando esse distanciamento. Como um rapaz simplório que acredita que a única coisa que se pode esperar da vida é gentileza, ele não entende a decisão do ex-amigo e parte com diferentes investidas para retomar a amizade — o que pode levar a ilha toda por um caminho bastante inesperado.

Além deles, outros personagens compõem esse universo minúsculo de Inisherin e cuja existência vai apenas ampliar a ideia da solidão e do isolamento que o roteiro aborda. Da irmã de Pádraic, Siobhán (Kerry Condon), ao estranho Dominic (Barry Keoghan), todo mundo vivencia esse vazio de uma forma diferente e sente os seus efeitos à sua maneira.

A força de um elenco

E por ser uma história bastante simples, ambientada em um único lugar e composta por pouquíssimos personagens, Os Banshees de Inisherin precisa se sustentar em atuações de peso — o que acontece com louvor por aqui. Não por acaso, esses quatro atores centrais estão concorrendo aos Oscar de Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Ator Coadjuvante. Impossível um atestado melhor de qualidade.

Barry Keoghan rouba a cena mesmo contracenando com grandes nomes (Imagem: Divulgação/Searchlight Pictures)

O destaque principal é a química entre Colin Farrell e Brendan Gleeson, que já haviam trabalhado juntos em Na Mira do Chefe — que é dirigido pelo próprio Martin McDonagh. Segundo o cineasta, foi a experiência nesse filme que fez com que ele quisesse reunir a dupla mais uma vez e escreveu esse roteiro já imaginando os atores nos papéis, o que também explica a ótima dinâmica entre eles.

E embora apareça muito pouco em tela em relação aos demais, Keoghan faz um daqueles personagens que roubam a cena sempre que aparecem. Ele é um garoto vítima dos abusos do pai e que expressa bem os efeitos da solidão na sua inabilidade para se relacionar com os outros.

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Entre o drama e o humor

Além do óbvio talento, o elenco de Os Banshees de Inisherin brilha muito também por causa do roteiro, que dosa de forma perfeita o humor e o drama de modo que é difícil classificar o longa. Ele não é tão engraçado a ponto de virar uma comédia, mas tem uma leveza mesmo diante de situações complexas que não chega a ser um drama por completo.

Filme sabe brincar muito bem com o humor em meio à melancolia (Imagem: Divulgação/Searchlight Pictures)

É nessa corda-bamba, meio uma coisa e meio outra, que essa dramédia conquista o público. E isso é feito de maneira tão simples, a partir de diálogos inteligentes que estão ali para revelar mais da personalidade de cada um dos personagens, assim como evidenciar a solidão e a ingenuidade de cada um deles.

Assim, mesmo quando você mergulha no discurso melancólico da trama, ainda é capaz de enxergar essas pequenas pinceladas de inocência que dão um pouco mais de cor à paisagem sempre acinzentada dessa ilha deprimente.

Os Banshees de Inisherin chega aos cinemas nesta quinta-feira, 2 de fevereiro; garanta seu ingresso na Ingresso.com.

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