Minicérebros cultivados em laboratório têm sido uma das grandes apostas da comunidade científica, mas em um novo estudo, publicado na última quinta-feira (2), pesquisadores conseguiram usar esse recurso para reparar lesões cerebrais de camundongos.
- Cientistas criaram estes minicérebros, que agora desenvolveram estes mini-olhos
- Cientistas reproduzem autismo em minicérebros 3D e abrem portas para descobertas
No novo estudo, a equipe percebeu que os organoides cerebrais cultivados a partir de células-tronco humanas podem ser transplantados para o córtex visual de um rato ferido, onde as informações dos olhos são enviadas primeiro para processamento.
O que acontece é que, quando a luz atinge a retina do olho, uma mensagem elétrica chega ao córtex visual “primário”, que começa a analisar as características básicas do que quer que esteja na frente do olho. Esses dados são encaminhados para o córtex visual “secundário”, que leva a análise um passo adiante.
–
CT no Flipboard: você já pode assinar gratuitamente as revistas no Flipboard do iOS e Android e acompanhar todas as notícias em seu agregador de notícias favorito.
–
Para a realização do novo estudo, ratos adultos sofreram uma lesão grave no córtex visual secundário, e os pesquisadores usaram o organoide para preencher essa lacuna no cérebro.

Para transplantar cada organoide para o cérebro de um rato, a equipe removeu um pedaço do crânio, inseriu o minicérebro e selou o orifício com uma tampa protetora. Os ratos receberam drogas imunossupressoras durante e após o procedimento, para evitar que seus corpos rejeitassem o transplante. Nos três meses seguintes, os vasos sanguíneos dos ratos se infiltraram nos minicérebros.
Os pesquisadores agora trabalham em testes comportamentais e de capacidade visual nos roedores envolvidos para investigar possíveis alterações após seus ferimentos. Os próximos passos envolvem testar se os minicérebros podem ser integrados de forma semelhante em outras partes do órgão, como o córtex motor, que controla o movimento.
Neste ano, um artigo publicado na Nature Communications descreveu pela primeira vez a interação de minicérebros com estímulos de luz. O resultado pode ajudar a restaurar regiões cerebrais perdidas ou degeneradas, no futuro.
Leia mais matérias no ItechNews .
Trending no :
- O café não te dá mais energia, mas te empresta — e o preço é pago em cansaço
- 5 coordenadas assustadoras para visitar usando o Google Maps
- Homem de 45 anos gasta 10 milhões de reais por ano para “voltar” aos 18
- Fotos sensuais hiper-realista criadas por IA podem inundar o OnlyFans
- Filhos de pai superprotetor vivem menos, revela estudo
- CEO da Nothing ironiza lançamento do Galaxy S23 com meme