Como era de se esperar, tanto Méliuz quanto Inter Marketplace, braço do Banco Inter dedicado ao e-commerce, deixaram de oferecer dinheiro de volta em compras na varejista desde que a crise estourou.
Antes disso, ambos trabalhavam com a varejista. Portanto, teve gente que fez compras na loja e ficou com valores a receber. Geralmente, sites de cashback demoram de semanas a meses após a compra até repassar o valor para o cliente.
O Tecnoblog procurou as duas empresas. Ambas disseram que os pagamentos referentes a compras no grupo Americanas, que também inclui Submarino e Shoptime, serão feitos normalmente.
O Méliuz enviou o seguinte posicionamento:
Aqui no Méliuz, a experiência do usuário é a nossa prioridade e faz parte da nossa cultura buscar garantir sempre o ganha-ganha-ganha. Entendemos que, ao utilizar nossos serviços, os usuários depositam sua confiança em nosso trabalho e, como sempre foi feito, vamos atuar de acordo com o compromisso firmado para atender às expectativas dos nossos clientes.
A assessoria de imprensa do Banco Inter também confirmou que tudo será pago.
Americanas deve para empresas de cashback e pontos
As duas empresas estão na lista de credores da Americanas, divulgada após o período de recuperação judicial. À Méliuz, a varejista devia R$ 6,5 milhões. Com o Inter Marketplace, os valores são ainda maiores: R$ 7,6 milhões.
A lista ainda inclui a Mosaico, dona de Zoom e Buscapé, buscadores de preços que também dão cashback. Porém, eles não davam dinheiro de volta em compras no grupo Americanas.
Esfera e Livelo, que atuam no mercado de pontos, também têm valores a receber da varejista.
Dívida com algumas empresas passa de R$ 1 bilhão
A relação completa de credores da Americanas tem empresas de praticamente todos os ramos: fabricantes de celulares, computadores, eletrodomésticos, alimentos e roupas, entre muitas outras. Com algumas delas, como a Samsung e vários bancos, o valor passa de R$ 1 bilhão.
Além disso, a companha também deve para pessoas físicas, redes sociais e prestadoras de serviços de TI. O próprio Ame, plataforma de pagamentos da empresa, tem mais de R$ 900 milhões a receber.
Até mesmo fundos de investimento que tinham debêntures da Americanas, como o Nu Reserva Imediata do Nubank, ficaram com rendimentos negativos quando o escândalo foi revelado.
A dívida total é de mais de R$ 43 bilhões. Mesmo assim, a Americanas garante que vai continuar com e-commerce e lojas físicas funcionando normalmente.
A recuperação judicial da Americanas é a quarta maior da história do Brasil. Acima dela, estão Odebrecht (R$ 98,5 bilhões), Oi (R$ 65,4 bilhões) e Samarco (R$ 50 bilhões).
Inter e Méliuz prometem pagar cashbacks pendentes da Americanas
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