Seguindo outros headsets da atualidade, como o Ray-ban Stories, o dispositivo é oferecido em formato de óculos e pesa 126 gramas. Ou seja, bem diferente do Oculus Quest 2, que é um trambolho que tampa toda a visão do usuário. Além disso, há duas câmeras na parte da frente.
Todo esse aparato garante algumas facilidades aos usuários. A começar pela conexão com o celular, que é realizada rapidamente por aproximação graças ao NFC. Mas as facilidades não param por aí, pois o óculos permite o controle da interface por gestos com a mão, como se estivesse no filme Minority Report.
A navegação foi apresentada em um vídeo, publicado pelo CEO da Xiaomi, Lei Jun, em seu perfil do Twitter. No material de divulgação, o apresentador utiliza um gesto de pinça para posicionar e alterar o tamanho das janelas exibidas no headset, por exemplo.
“Os usuários também podem optar por controles convencionais de smartphone, que podem ser emparelhados e usados como um controle de gesto ou touchpad”, explicaram em um comunicado à imprensa.
Headset da Xiaomi vem com Snapdragon XR2 Gen 1
A conexão é independente de fios e o dispositivo vem com o processador Snapdragon XR2 Gen 1. Segundo a Xiaomi, este componente ajuda a oferecer uma latência sem fio na casa de 3 ms entre o smartphone e o óculos. De maneira independente, a taxa de transmissão prometida também não decepciona: 50 ms.
Isto significa que, mesmo sem fio algum, o óculos carrega os conteúdos sem atrasos. O aparelho ainda possui telas microOLED em cada lado, capazes de oferecer imagens bem definidas graças à resolução de 58 pixels por grau.
“Quando a resolução angular ou PPD (pixels por grau) se aproxima de 60, o olho humano não consegue distinguir a granularidade”, afirmaram.
O dispositivo também suporta vários apps através do Mi Share. Com a ferramenta, os usuários podem fazer o streaming de vídeos do TikTok ou do YouTube diretamente pelo headset de realidade aumentada. A experiência fica ainda mais integrada através dos gestos supracitados, que podem ser usados para interagir com outros objetos.
“Por exemplo, o Xiaomi Wireless AR Glass permite que os usuários ‘peguem’ a tela de um típico screencast de televisão e continuem assistindo nos óculos”, anunciaram. “Além disso, a Xiaomi extraiu operações comuns de dispositivos inteligentes, permitindo que os usuários operem dispositivos por meio de cenas AR.”
Esta segunda opção também é descrita no vídeo publicado pelo CEO da empresa. Neste caso, os usuários podem olhar para um abajur e utilizar as mãos para clicar em um botão virtual para ligar ou desligar a lâmpada. A tecnologia ainda garante experiência de áudio espacial, que permite que os alto-falantes virtuais sejam vinculados ao ambiente real.
Óculos AR é compatível com o Xiaomi 13
Todo esse poder de fogo poderá ser usado no Xiaomi 13, que recebeu a sua versão global neste fim de semana. Mas este não é o único dispositivo que pode ser usado com o headset: o Xiaomi Wireless AR Glasses Discovery Edition também funciona com outros aparelhos prontos compatíveis com o Snapdragon Spaces.
“Em termos de suporte de software, os óculos são compatíveis com a estrutura de desenvolvimento Qualcomm Snapdragon Spaces, OpenXR e Microsoft MRTK”, ressaltaram. “A Xiaomi pretende trabalhar em estreita colaboração com os desenvolvedores para acelerar a chegada da realidade aumentada.”
A companhia só não revelou informações sobre preço e disponibilidade. Mas a empresa confirmou que vai oferecer um clipe míope acoplável para atender os usuários que dependem de um óculos para enxergar de longe.
Xiaomi revela óculos de realidade aumentada com controle por gestos
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