A decisão vem depois de um pedido do escritório local da DirecTV e da La Liga, empresa que é dona do campeonato espanhol de futebol. O processo recebeu apoio do grupo antipirataria Alianza.
A vitória em primeira instância veio com um pedido à Enacom, agência reguladora das telecomunicações na Argentina, para que os provedores de internet derrubem 30 sites. A maioria deles transmite jogos de futebol ilegalmente.
Em relação a outras decisões do tipo, a diferença é que ela cria um precedente de bloqueio “dinâmico”. Isso significa que as operadoras podem precisar bloquear sites que espelhem os que foram derrubados, ou que usem novos domínios.
Diz a decisão judicial:
[As empresas] comunicam que se reservam o direito de ampliar os destinatários da presente medida, de acordo com futuras circunstâncias de infração.
[…]
Elas expressam que estes sites geralmente se modificam com o tempo, em razão das medidas cautelares que bloqueiam o acesso dos usuários aos conteúdos transmitidos de forma ilegal. Por isso, vão continuar denunciando nos autos novos sites que defraudem seus direitos, de forma a pedir a ampliação da medida solicitada, quando necessário.
Como comenta o site TorrentFreak, isso certamente ajuda, mas também há limitações. O bloqueio de sites é local e pode ser contornado. É diferente de quando um domínio é tomado, o que tem efeitos globais.
Uruguai e Brasil também apresentaram novas soluções
Não é a primeira vez que vemos um país sul-americano apresentar novidades na hora de combater a pirataria.
No Uruguai, um decreto publicado em dezembro de 2022 permite que as empresas encaminhem suas reclamações diretamente para a Ursec, autoridade reguladora das telecomunicações no país. Com isso, não é necessário recorrer à Justiça, o que é sempre mais demorado.
Se o órgão julgar procedente, ele manda o provedores bloquearem o acesso em até quatro dias. A decisão tem validade de 30 dias, quando deve passar por uma revisão judicial.
No Brasil, a própria Anatel tomou a iniciativa de bloquear os IPs de serviços de IPTVs piratas, acessados por TV boxes irregulares. As empresas detentoras de direitos ainda podem fazer denuncias, mas a agência também fará um levantamento próprio.
O bloqueio será solicitado diretamente aos backbones de internet, sem precisar passar pelos mais de 20 mil provedores disponíveis no país.
Com informações: TorrentFreak.
Na Argentina, Justiça determina bloqueio “dinâmico” de sites de pirataria
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