A falha foi identificada pela Mozilla em fevereiro de 2018. A análise do problema mostrou que, quando o Firefox estava em execução, o arquivo “MsMpEng.exe” (ferramenta antimalware ligada ao Windows Defender) começava a agir de modo estranho, aumentando significativamente a carga de trabalho da CPU.
Trabalhando em conjunto com uma equipe da Microsoft, desenvolvedores da Mozilla descobriram que o problema era causado pela proteção em tempo real do Windows Defender, que acionava o VirtualProtect (função de segurança do Windows) em uma frequência anormal quando o navegador estava em execução.
Como consequência, não só o Firefox ficava lento ou instável, mas todo o sistema. Para piorar, o problema não envolvia só o Windows 10. A falha ficou tanto tempo sem correção que o Windows 11 “herdou” o bug.
Enfim, a correção da Microsoft
Em clima de “antes tarde do que mais tarde”, a Microsoft implementou uma correção para o bug em uma nova versão do Microsoft Defender (“Windows Defender” é o nome antigo da ferramenta). O update começou a ser liberado em 4 de abril.
Um teste feito pelo engenheiro Yannis Juglaret, da Mozilla, mostrou que a correção funciona: após a sua instalação, o uso da CPU em uma máquina que ficava lenta quando o Firefox estava em uso caiu 75%.
De acordo com o GHacks, você pode descobrir se o seu PC com Windows 10 ou 11 recebeu o update indo na seguinte pasta:
C:ProgramDataMicrosoftWindows DefenderDefinition Updates
Ali, você encontrará uma pasta cujo nome é formado por vários caracteres alfanuméricos. Abra a pasta, clique com o botão direito no mouse no arquivo “mpengine.dll”, vá em Propriedades / Detalhes. Se a versão do arquivo for a 1.1.20200.4, significa a atualização foi instalada.
Será que o Firefox decola a partir de agora?
A correção é bem-vinda, mas ela não é uma solução mágica para aumentar a participação do Firefox no mercado, calculada em 2,93% no mês de março de 2023, segundo a Stacounter.
O bug não afetava todas as instalações do Windows, portanto, não respondia sozinho pela baixa adesão ao Firefox. Na verdade, a ampla aceitação do Chrome é o fator que mais pesa contra a Mozilla. Para você ter ideia, a Stacounter estima que o navegador do Google encerrou março de 2023 com 64,8% de mercado.
De todo modo, a Mozilla ainda tem problemas para resolver. Alguns usuários relataram queda de desempenho no Firefox causado por outros antivírus, como o Norton. A Mozilla já está trabalhando para resolver esses casos.
Mozilla inocente: Microsoft corrige bug que fazia Firefox exigir muita CPU
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