As receitas da Meta foram de US$ 28,645 bilhões de janeiro a março de 2023, contra US$ 27,908 bilhões no mesmo período de 2022.
A expectativa dos analistas ouvidos pela Refinitiv era de US$ 27,650 bilhões — ou seja, uma queda em relação a 2022. O mercado reagiu bem, e as ações da Meta tiveram uma alta de 12%.
Outros bons resultados foram nos números de usuários. Em todos os apps da Meta — Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger — houve um crescimento de 5% em relação ao ano anterior, tanto nos usuários ativos mensalmente quanto nos ativos diariamente.
Gastos e lucros são o lado negativo
A volta do crescimento nas receitas foi a principal notícia, mas há números não tão bons.
As despesas da Meta tiveram crescimento de 10%. No primeiro trimestre de 2023, elas foram de US$ 21,418 bilhões. No mesmo período de 2022, elas foram de US$ 19,384 bilhões.
O lucro líquido também caiu: 24% menor em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre de 2023, ele foi de US$ 5,709 bilhões, contra US$ 7,465 em 2022.
Demissões geram custos, mas animam investidores
Ironicamente, parte desse aumento de custos se deu por causa das demissões em massa: a Meta gastou US$ 1,14 bilhão com sua reestruturação. A empresa alerta que esses gastos podem chegar a US$ 5 bilhões ao longo de 2023.
A Meta tem 77.114 funcionários, 1% a menos que no ano passado. Esse número já reflete o layoff de novembro de 2022, mas ainda inclui os que foram e serão demitidos em 2023.
Mark Zuckerberg, CEO da empresa, vem dizendo que 2023 é o “ano da eficiência”.
Ele reforçou essa mensagem no comunicado aos investidores: “[a empresa] está se tornando mais eficiente para que possamos criar produtos melhores com mais rapidez e nos colocarmos em uma posição mais forte para concretizar nossa visão de longo prazo”.
Como nota a CNBC, desde fevereiro, quando surgiram notícias de mais demissões em massa, a Meta vem subindo na bolsa de valores. Em 2023, a alta já chega a 74%.
Isso, no entanto, ainda não foi suficiente para recuperar o tombo de dois terços no valor de mercado que a empresa sofreu em 2022.
Metaverso continua dando prejuízo
O metaverso foi a grande aposta de Mark Zuckerberg em 2021, quando a empresa antes conhecida como Facebook passou a se chamar Meta. De lá para cá, ele levou um puxão de orelha dos acionistas, que querem mais investimentos em inteligência artificial.
A Reality Labs — divisão da Meta responsável por desenvolver as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada para o metaverso — teve um prejuízo de US$ 3,99 bilhões.
Está ruim, e vai piorar. Segundo a Meta, as perdas deste setor da empresa vão aumentar neste ano.
Com informações: Meta, CNBC, Reuters
Meta surpreende e receitas sobem 3% após sequência negativa
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