Índice
- Como funciona o sensor de profundidade do celular
- Como usar a câmera de profundidade?
- O sensor de profundidade ainda é necessário?
- Maior precisão com ToF e LiDAR
Como funciona o sensor de profundidade do celular
O sensor de profundidade ajuda a câmera principal do celular a definir a distância aproximada do assunto (pessoa, animal ou objeto no enquadramento). A tecnologia segue o princípio da visão binocular dos humanos, que se baseia nas informações capturadas pelos dois olhos para gerar a percepção de profundidade.
A câmera principal pode ser combinada com o sensor de profundidade para criar uma profundidade de campo rasa. Assim, o celular consegue deixar o assunto em primeiro plano totalmente nítido enquanto o fundo da cena fica desfocado.
Essa técnica é usada principalmente na criação de fotos com modo retrato (efeito bokeh), que destaca o assunto deixando o que estiver dentro do seu contorno nítido e mantendo o plano de fundo sem foco.
Diferente do sensor de imagem
Como usar a câmera de profundidade?
Celulares que têm sensor de profundidade podem tirar fotos com fundo desfocado ao ativar o modo retrato no aplicativo de câmera. O recurso funciona tanto com a câmera frontal quanto com as traseiras. Alguns aparelhos permitem ajustar o nível de desfoque, inclusive depois de a foto ser registrada.
O sensor de profundidade ainda é necessário?
Sensores de profundidade são cada vez menos usados porque o efeito de desfoque de fundo pode ser feito via software com resultados satisfatórios.
Motorola, Samsung e Xiaomi estão entre as marcas que lançaram diversos smartphones com sensor de profundidade, principalmente na categoria de celulares intermediários. Porém, todas elas estão deixando de lançar modelos com sensor de profundidade.
O Tecnoblog testou o Galaxy A54, que tem três câmeras traseiras, mas nenhuma para profundidade. O desfoque de fundo é feito via software.
Em alguns celulares, o papel de sensor de profundidade pode ser feito por outra câmera, como a que traz lente ultrawide, ou por outros sensores.
Um exemplo vem da tecnologia TrueDepth, do iPhone, que utiliza sensores frontais para ajudar a câmera frontal no reconhecimento facial ou no registro de selfies. Outro é o Motorola Edge 40, lançado com câmera dupla, com a secundária funcionando para macro, ultrawide e profundidade.
Apesar da tendência de desuso, o sensor de profundidade ainda pode ser útil em celulares de entrada, cujo hardware não consegue gerar um efeito convincente de desfoque de fundo.
Nesses aparelhos, um simples sensor de profundidade com 2 megapixels pode ser suficiente para o modo retrato, embora seja prudente não esperar resultados incríveis.
Maior precisão com ToF e LiDAR
Alguns celulares sofisticados usam um sensor Time of Flight (ToF) para medir a distância do assunto. Para isso, a tecnologia emite um feixe infravermelho via laser ou LED e calcula o tempo que essa luz leva para ser refletida de volta à câmera.
Essa abordagem permite que o sensor ToF faça medições precisas, inclusive em ambientes com baixa luminosidade. A tecnologia também faz medições a longas distâncias, pode ser usada em mapeamento 3D e não sofre interferência de fatores como umidade e temperatura.
Existe um tipo de sensor ToF chamado LiDAR que é ainda mais vantajoso por fazer uma varredura do assunto usando vários feixes de laser ao mesmo tempo. Além de mais precisão, o sensor LiDAR permite mapeamentos com alta resolução, mas é mais caro do que sensores ToF convencionais.
Sistemas LiDAR estão presentes entre as diferentes câmeras de celulares como o iPhone 14 Pro. Nele, o sensor contribui para o foco automático e tarefas de realidade aumentada.
O que é o sensor de profundidade na câmera do celular?
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