O anúncio confirma os rumores que surgiram no começo de maio, depois que um chip identificado como “Intel Core Ultra 5 1003H” apareceu em um benchmark. Na sequência, Bernard Fernandes, diretor global de comunicações da Intel, usou o Twitter para confirmar que uma mudança de marcas estava mesmo em curso.
Intel Core e Core Ultra: agora sem o “i”
A mudança consiste em organizar os processadores Core em duas linhas principais. Repare que, em todas elas, não existe mais a letra “i” antes do número do modelo:
- Intel Core 3, 5 e 7: destinado a computadores convencionais para uso pessoal ou corporativo
- Intel Core Ultra 5, 7 e 9: destinado a computadores de alto desempenho para jogos ou atividades que exigem processamento pesado
A Intel afirma que, com a nova nomenclatura, não irá mais destacar a geração do da CPU em materiais de marketing ou no próprio chip. Porém, uma sequência de números após o nome do processador continuará sendo usada para dar essa informação, bem como identificar o modelo do chip.
Nesse sentido, é provável que o tal Intel Core Ultra 5 1003H, se for lançado, seja renomeado para algo como “Intel Core Ultra 5 14500H”, com o “14” fazendo referência à 14ª geração de processadores Core.
As marca Intel Evo (para notebooks avançados) e Intel vPro (plataforma com recursos para computadores corporativos) serão mantidas.
Por que a Intel mudou o nome dos chips Core?
A Intel se limitou a informar que a nova estrutura de marcas foi desenvolvida para as próximas gerações de seus processadores. A companhia também deu a entender que a mudança tornará mais fácil para os clientes identificar os produtos mais adequados às suas necessidades.
É um argumento que gera desconfiança, afinal, os nomes “i3, i5, i7 e i9” são muito bem aceitos no mercado. Além disso, a nova nomenclatura lembra a abordagem da AMD, que adota denominações como “Ryzen 9 7950X”.
Para completar, os novos nomes podem causar alguma confusão com “Intel 7”, “Intel 4” e “Intel 3”, denominações que identificam as tecnologias de fabricação da companhia.
É possível que o plano da Intel com a nova nomenclatura seja apenas o de marcar uma nova e mais moderna fase para os seus produtos. Para isso, talvez valha a pena se desfazer de marcas que estão há muito tempo no mercado. Algo semelhante aconteceu em setembro de 2022, quando os nomes Pentium e Celeron deixaram de ser usados em processadores para notebooks.
Nesse sentido, vale destacar que os chips Meteor Lake serão baseados no processo Intel 4, com litografia de 7 nanômetros. Eles também serão equipados com o AI Boost, mecanismo dedicado de inteligência artificial.
Core i3, i5 e i7 estavam no mercado há 15 anos
Prova de que essa mudança é ousada está no fato de as marcas Core i3, Core i5 e Core i7 estarem no mercado desde 2008, quando os chips Nehalem foram lançados. Além do apelo comercial, essa nomenclatura cumpriu o papel de facilitar a identificação do segmento ao qual cada processador da linha se destina:
- Core i3: computadores de entrada
- Core i5: computadores intermediários
- Core i7: computadores de alto desempenho
Essa estrutura funcionou tão bem que, em 2017, a Intel introduziu os chips Core i9 junto com a família Skylake-X. Eles sugiram com desempenho ainda mais elevado, razão pela qual são direcionados ao segmento gamer ou a estações de trabalho (workstations).
A nova fase pode ser mais promissora, mas os velhos nomes irão fazer falta.
Intel abandona o “i” no chips Core i3, i5 e i7 e cria marca Core Ultra
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