O top 10 traz ainda Amazon e Tencent como empresas diretamente associadas à tecnologia, com valores de marca estimados em US$ 468,7 bilhões e US$ 141,0 bilhões, respectivamente. Visa e MasterCard, que mantêm robustas operações digitais (desde processamento de pagamentos até prevenção de fraudes) também estão na lista.
O diretor da Kantar BrandZ, Martin Guerrieria, declarou em nota divulgada pela empresa que ocorre uma tendência de crescimento de longo prazo das marcas. Ela começou após a crise financeira global de 2008, foi interrompida durante a pandemia e agora está de volta. “As marcas mais valiosas do mundo continuam tão bem-conceituadas como sempre”, disse ele.
Novatas do universo digital e velhas conhecidas
O ranking da Kantar BrandZ serve de parâmetro para compreender o impacto de empresas no campo dos negócios, mas principalmente no marketing. O relatório aponta alguns movimentos interessantes para quem, como nós, tem particular interesse pela tecnologia.
Por exemplo, a varejista chinesa de vestuário Shein fez sua estreia na listagem, na posição 70. Já o conglomerado japonês Sony está de volta na posição 99.
A rede social com origem chinesa TikTok aparece em 41º lugar, mas é considerada a segunda marca mais disruptiva do top 100. Ela aparece logo atrás da indústria automobilística Tesla, do bilionário Elon Musk, na posição 25. Cabe lembrar que o polêmico proprietário do Twitter é considerado um visionário com real impacto no processo de eletrificação.
Posição | Marca | País de origem | Valor em 2023 (em US$ bilhões) |
---|---|---|---|
1 | Apple | EUA | 880,4 |
2 | EUA | 577,7 | |
3 | Microsoft | EUA | 501,8 |
4 | Amazon | EUA | 468,7 |
5 | McDonald’s | EUA | 191,1 |
6 | Visa | EUA | 169,1 |
7 | Tencent | China | 141,0 |
8 | Louis Vuitton | França | 124,8 |
9 | MasterCard | EUA | 110,6 |
10 | Coca-Cola | EUA | 106,1 |
Luxo lá em cima
A pressão inflacionária ocorre no mundo todo. Os indicadores econômicos estão aí, nas manchetes dos jornais. Apesar do cenário macroeconômico difícil, no entanto, o documento indica que os mais abastados seguem consumindo. A categoria Luxo mostrou-se “mais resistente à flutuações do mercado”, de acordo com a Kantar BrandZ, assim como Fast Food e o setor de Alimentos e Bebidas.
A própria Apple deve passar por uma provação da sua capacidade de convencer clientes com grana a desembolsar por novos dispositivos. O headset de realidade virtual Apple Vision Pro, anunciado há duas semanas, tem preço sugerido de US$ 3.500. Dá mais de R$ 17,2 mil em conversão direta. As maiores publicações da imprensa estrangeira o consideraram caro, apesar da alta tecnologia embarcada, conforme eu mesmo comprovei numa demonstração realizada em Cupertino.
Apple mantém posto de marca mais valiosa do mundo
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