Logo quando ficou óbvio que o Threads estava para chegar, começaram os grandes questionamentos: a nova rede social dará certo ou não? No momento, ainda está bem cedo para responder. E, na verdade, o importante para a Meta é que no curto prazo o Threads tem hype — logo mais será o momento de capitalizar com anúncios.
Threads é o “primeiro lançamento” de empresa consolidada
A estreia da Threads é um momento “inovador” nas redes sociais, pois foi a primeira vez que uma grande empresa, já consolidada, lançou uma nova plataforma. Desde que chegamos na “tríade” de redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter), todos as grandes novidades foram atualizações nessas plataformas ou empresas que lançaram apps que foram esquecidos logo depois — BeReal é um exemplo.
BlueSky, Koo e Mastodon também chegaram como “substitutos do Twitter”, mas eles não são criações de uma empresa tão rica e dominante como a Meta. A grande vantagens do Threads para atingir a marca de meio Brasil em cinco dias é usar a integração com o Instagram e toda a base de usuários deste sucesso.
E como já falamos aqui no Tecnoblog, outro acerto foi preparar os influencers para a nova rede — goste ou não deles. Afinal, toda rede social depende de criadores de conteúdo. Quanto mais público eles trazem, melhor. Por isso que Diego Defante não teve um acesso antecipado e o Leo Santana sim.
Mesmo com a Meta sendo experiente em redes sociais, algumas melhorias precisam ser feitas para o Threads popularizar ainda mais. Por exemplo, a opção de um feed só de quem você segue e lançar (de uma vez) o acesso web — com este último, aí eu penso em começar a “threadar”.
Threads não precisa “dar certo”, precisa dar lucro
Voltando ao “vai dar certo ou não”, a verdade é que o conceito de certo ou errado é relativo. Provavelmente, a Meta vê o “dar certo” como sinônimo de “dar lucro” — seja com 100 milhões de usuários ou 1 bilhão. Se com mais de 100 milhões de contas o Threads já for atrativo para os anunciantes, pagar as contas e ainda dar lucro, ótimo (para o Zuckerberg, óbvio).
Como bem comparou a colega Taylor Hatmaker do TechCrunch, o Threads quer ser o grande shopping center, não a “praça pública” falsamente prometida por Elon Musk ao comprar o Twitter. Até porque Threads não será um espaço para incentivar notícias e política.
Com informações: TheVerge e TechCrunch
Threads ultrapassa 100 milhões de usuários e supera marca do ChatGPT
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