O que uma bicicleta do Tour de France 2023 e os jogos que você roda no PC ou notebook podem ter em comum? Uma placa de vídeo da Nvidia para “ganharem vida”. Uma equipe do Tour de France, a Lidl-Trek, utiliza as GPUs Nvidia A100 para os cálculos que envolvem a aerodinâmica das suas bicicletas — que não são nada baratas.

Nvidia A100 é uma das GPUs usadas pela Trek para desenvolver suas bicicletas (Imagem: Divulgação/Nvidia)
Nvidia A100 é uma das GPUs usadas pela Trek para desenvolver suas bicicletas (Imagem: Divulgação/Nvidia)

O fato pode ser curioso para quem não está muito ligado no “universo de ciclismo”. Afinal, quando se fala em aerodinâmica e computação de alto desempenho, a primeira coisa que deve vir à mente são PCs executando programas para encontrar o melhor desenho para um avião ou carro de Fórmula 1. A Trek, antes de ser uma equipe do Tour de France em parceria com a Lidl, é fabricante de bicicletas.

GPU no céu e GPU na terra: Trek e Rolls-Royce usam as mesmas placas

A GPU utilizada pela Trek nas simulações de dinâmica de fluidos computacionais (CFD) é a Nvidia A100 Tensor Core, mesmo modelo que a Rolls Royce usa no desenvolvimento dos seus motores à jatos — e a mesma Nvidia A100 usada pela Petrobras no supercomputador Pégaso.

É, não é à toa que as bicicletas usadas em competição de alto nível custam “uma entrada de um apartamento”. Os modelos da Trek desenvolvido com essa tecnologia — e GPUs nada baratas — passam fácil de R$ 80 mil, com os mais caros custando acima de R$ 100 mil. Eficiência aerodinâmica não dá em árvore.

Além da Nvidia A100 Tensor Core, desenvolvida com a microarquitetura Ampere, para os cálculos e simulações de CFD, a Trek utiliza workstations Dell Precision com GPUs RTX A5500 e RTX A6000 — ambas fabricadas com a microarquitetura Ampere.

Trek e Rolls Royce tem algo em comum, mesmo em meios diferentes: as mesmas GPUs para simulações de CFD (Imagem: Divulgação/Nvidia)
Trek e Rolls Royce tem algo em comum, mesmo em meios diferentes: as mesmas GPUs para simulações de CFD (Imagem: Divulgação/Nvidia)

Mas claro, a tecnologia não fica só nas bikes. As simulações de CFD são feitas também nos capacetes, um componente fundamental não só para a segurança, mas para o desempenho. E todas as grandes fabricantes de bicicletas, como a Cervélo.

O Tour de France — e todo o ciclismo — estão envolvidos com as evoluções tecnológicas da sociedade. O exemplo mais famoso pode ser o uso da fibra de carbono. Aqui volta a semelhança com a aviação. O material extremamente leve veio da indústria aeroespacial e virou sinônimo de “bike profissional”.

E para incluir um “gadget”, esses bicicletas mais modernas já contam com marcha eletrônica. Adeus cabos para as trocas.

Com informações: TechPowerUp e TPC

Equipe do Tour de France usa GPUs Nvidia para desenvolver suas bikes