A companhia registrou o formulário F-1, exigido para que suas ações sejam listadas em uma bolsa de valores dos EUA. Se tudo der certo, os papéis receberam o símbolo “ARM” para negociação.
Em 2023, ela teve US$ 2,68 bilhões de receitas, com lucro líquido de US$ 524 milhões. A empresa, porém, não estimou o preço de suas ações. Analistas acreditam que a Arm pode valer US$ 40 bilhões.
Por que a Arm é importante
A Arm é uma parte importante dos processadores usados hoje no mundo, mas ela mesma não fabrica nada.
A empresa licencia um conjunto de instruções simplificadas, que serve de base para sua arquitetura. Esta arquitetura gasta menos energia, e por isso é interessante para aparelhos que dependem de baterias, como celulares, tablets e alguns notebooks.
Nos últimos anos, ela passou a vender designs de chips mais completos e, consequentemente, mais lucrativos.
Por isso, a oferta pública inicial (IPO) é importante. Entre as empresas que produzem ou projetam chips com a arquitetura Arm, estão Qualcomm, Samsung, Apple, MediaTek, Nvidia, Texas Instruments, NXP, Broadcom, HiSilicon e Unisoc.
As linhas Snapdragon (Qualcomm), Exynos (Samsung) e Apple Silicon, só para citar algumas, usam arquitetura Arm.
Algumas dessas empresas podem sair prejudicadas ou beneficiadas, dependendo de quem assumir o controle da Arm. Segundo a Reuters, muitos dos clientes da empresa estão considerando comprar uma fatia das suas ações.
Aparentemente, porém, nada vai mudar por enquanto. A Fast Company observa o SoftBank comprou uma fatia de 25% da Arm que estava nas mãos do Vision Fund (que também é controlado pelo SoftBank). Portanto, é bastante possível que o grupo japonês continue no controle da empresa.
Nvidia já tentou comprar a empresa, mas foi barrada
A companhia foi fundada no Reino Unido em 1990, como uma joint-venture entre a Apple, a Acorn e a VSLI. Em 1998, ela foi listada na Nasdaq e na Bolsa de Valores de Londres.
Em 2016, o grupo japonês SoftBank adquiriu a empresa por US$ 32 bilhões e fechou seu capital.
Em 2020, a Nvidia anunciou a compra da Arm por US$ 40 bilhões de dólares, mas o negócio enfrentou oposição de outras empresas, como Qualcomm, Google e Microsoft, e de autoridades antitruste. Em 2022, a Nvidia desistiu do negócio.
Com informações: Reuters, Fast Company, CNBC
Arm: dona de licenças usadas por Apple, Samsung e Qualcomm vai abrir capital
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