Uma delas é a Art Viagens, empresa por trás da Hotmilhas, que dá suporte para a emissão das passagens. A outra é a Novum, holding dona das duas empresas.
Os advogados das empresas dizem que elas passam pela “pior crise financeira desde suas respectivas fundações”, e que fatores internos e externos “impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”.
Por isso, as companhias fazem o pedido de recuperação judicial. Elas alegam que somente dessa forma é possível resolver a crise enfrentada, assegurar a continuidade das atividades e o cumprimento da função social.
Crise da 123 Milhas teve cancelamentos e demissões
Em meados de agosto de 2023, a 123 Milhas comunicou o cancelamento dos pacotes da categoria Promo com embarque previsto para setembro a dezembro de 2023.
A categoria Promo é a mais barata oferecida pela empresa, com datas flexíveis, para aproveitar promoções de companhias aéreas e períodos de baixa procura.
Em troca dos pacotes cancelados, a 123 Milhas ofereceu vouchers no valor pago, com correção monetária de 150% do CDI, a ser usado em outros produtos oferecidos pela empresa.
O cancelamento gerou reações do Procon-SP e da CPI das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados, além de revolta dos consumidores afetados.
Na segunda-feira (28), a crise ganhou um desdobramento. Funcionários da 123 Milhas relataram no LinkedIn uma demissão em massa, feita “de surpresa”.
Não se sabe ao certo quantos empregados foram desligados da companhia. A 123 Milhas diz que a decisão “faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas” e que busca “estabilizar sua condição financeira”.
Com informações: G1, Folha de S.Paulo
123 Milhas e Hotmilhas entram com pedido de recuperação judicial
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