O A17 Pro ganhou otimizações na microarquitetura para suportar os novos recursos das versões Pro do iPhone 15, como a gravação de vídeos em 4K a 60 quadros por segundo em formato ProRes, que agora podem ser salvos diretamente em um SSD externo conectado à porta USB-C do aparelho.
Ray tracing na GPU do Apple A17 Pro para games mais realistas
De acordo com a empresa, o SoC traz “o maior redesign de GPU na história da Apple”. O desempenho do chip gráfico de 6 núcleos aumentou 20% em relação à geração anterior, e sua principal novidade é a aceleração por hardware de ray tracing, que pode tornar jogos mais realistas.
Ray tracing é uma tecnologia que usa o poder de processamento da GPU para simular o comportamento da luz em tempo real durante a renderização de uma imagem. O objetivo é tornar os reflexos, refrações e iluminações de gráficos 3D mais realistas. Isso exige cálculos matemáticos complexos, que só se tornam viáveis nos games com um chip otimizado.
Até então, a GPU dos iPhones era capaz de executar ray tracing por software. Segundo a Apple, a aceleração por hardware tornou esse processo quatro vezes mais rápido. Para demonstrar a potência do A17 Pro, a empresa destacou a vinda de jogos que não estavam disponíveis para celulares até agora: Resident Evil Village, Resident Evil 4, Death Stranding e Assassin’s Creed Mirage.
CPU de 6 núcleos tem nova litografia de 3 nanômetros
Diferente do A16 Bionic, que era apenas um refinamento do A15 Bionic, o chip A17 Pro traz uma nova microarquitetura e um inédito processo de fabricação de 3 nanômetros. A promessa é a de que o desempenho da CPU seja 10% superior, mesmo mantendo os seis núcleos (dois de alto desempenho e quatro de eficiência energética).
Também houve mudanças em outros componentes do SoC, como o Neural Engine, que processa até 35 trilhões de operações por segundo (TOPS) e ficou duas vezes mais rápido. Esse chip é dedicado para recursos de inteligência artificial e entra em ação, por exemplo, na função Voz Pessoal (Personal Voice) do iOS 17, que cria uma voz semelhante à sua.
Outras melhorias do A17 Pro estão relacionados às câmeras e ao conector USB-C, que entra no lugar do Lightning. O chip traz suporte ao codec AV1, nova geração de codec de compressão de vídeo; um novo modo Retrato que permite desfocar o fundo depois de tirar a foto (sem alternar antes para o modo específico); e um novo controlador USB.
O controlador USB do chip dos iPhones 15 Pro e iPhone 15 Pro Max pode transferir dados a até 10 gigabits por segundo, o que é até 20 vezes mais rápido que a velocidade possível com o antigo conector Lightning. Ainda com relação à conectividade, o A17 Pro suporta redes Wi-Fi 6E, com frequência de 6 GHz.
Só nos modelos Pro
O A17 Pro só estará disponível inicialmente nas versões Pro do iPhone 15, enquanto os modelos normais serão equipados com o A16 Bionic, o mesmo do iPhone 14 Pro e do iPhone 14 Pro Max, lançados em 2022. Uma implicação disso é que, mesmo trazendo conexão USB-C, o iPhone 15 e o iPhone 15 Plus suportarão taxas de transferência equivalentes às do USB 2.0.
A estratégia é a mesma do ano passado, quando a Apple lançou o iPhone 14 e o iPhone 14 Plus com o A15 Bionic, e deixou o A16 Bionic restrito às versões Pro. Pelo menos os preços dos iPhones ficaram mais baratos (ou menos caros).
Chip Apple A17 Pro, do iPhone 15 Pro, tem litografia de 3 nm e ray tracing
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