A Q* (ou Q-Star), novo modelo de inteligência artificial que a OpenAI teria desenvolvido, não é uma ameaça à humanidade, acreditam pesquisadores. As informações apontam que a Q-Star é capaz de resolver problemas matemáticos, o que demanda certas habilidades de raciocínio. A novidade foi relacionada à demissão do CEO Sam Altman — que, em menos de uma semana, retornou à empresa.
Pesquisadores de inteligência artificial se mostraram céticos ao comentar o assunto no X (antigamente conhecido como Twitter). Para eles, a Q* (lê-se “Q star”, ou “Q estrela”, em tradução livre) nada mais é que uma extensão do trabalho existente da OpenAI.
Os especialistas acreditam que o “Q” do nome se refere à técnica conhecida como “Q-learning”. Ela consiste em ajudar um modelo a aprender e melhorar em tarefas específicas por meio de recompensas por ações corretas.
O asterisco pode ser de “A*”, um algoritmo para checar os nós de um grafo e explorar as rotas entre eles
Tecnologia não seria totalmente inédita
Nem o Q-learning, nem o A* são novidades. Por isso, os pesquisadores não consideram que a Q-Star seria um passo em direção à inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês), nome dado a uma IA hipotética capaz de realizar as mesmas tarefas que um ser humano.
“Eu não considero que isso [resolver problemas matemáticos] nos levaria imediatamente a uma AGI, ou a situações assustadoras”, disse Katie Collins, pesquisadora de IA na Universidade de Cambridge (Reino Unido), à MIT Technology Review.
“Resolver problemas matemáticos de ensino fundamental é muito diferente de superar barreiras da matemática, no nível de um vencedor da medalha Fields”, acrescenta a cientista, em referência à premiação mais importante da matemática.
Q-Star não estaria ligada à demissão de Altman
A suposta nova IA da OpenAI ganhou os noticiários na semana passada. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, os pesquisadores da empresa enviaram uma carta ao conselho administrativo para informar sobre o avanço. O CEO Sam Altman teria dado pistas sobre isso em público antes de ser demitido (e, posteriormente, readmitido).
As informações, porém, são desencontradas. O site The Verge ouviu de uma fonte que o conselho nunca recebeu uma carta sobre um avanço deste tipo, e que o progresso da pesquisa não teve influência na saída repentina de Altman.
Com informações: TechCrunch, MIT Technology Review, The Verge
Nova IA da OpenAI não deve ser tão assustadora assim
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