O sistema Celular Seguro registrou 4.349 alertas na primeira semana de funcionamento, de acordo com balanço divulgado no fim da manhã de hoje pelo Ministério da Justiça. Elaborado pelo governo federal, o programa tenta reduzir a onda de furtos e roubos de smartphones pelo país.
A pasta informou que quase 798 mil CPFs se cadastraram na plataforma, que pode ser acessada tanto pelo aplicativo oficial quanto pelo computador. Foram quase 580 mil telefones incluídos no Celular Seguro. Já o número de pessoas de confiança beira os 529 mil registros.
Confira os estados que mais registraram bloqueios:
- São Paulo – 1.125
- Rio de Janeiro – 494
- Pernambuco – 324
- Bahia – 308
- Minas Gerais – 287
Funcionamento do Celular Seguro
O projeto Celular Seguro foi apresentado oficialmente em 19 de dezembro. A iniciativa do governo funciona como uma espécie de Boletim de Ocorrência turbinado. A proposta é que a vítima de furto ou roubo dispare um comunicado que é encaminhado para todas as empresas participantes do ecossistema. Atualmente, os principais bancos e as maiores operadoras de telefonia estão conveniados ao Celular Seguro.
Isso significa que o banco recebe a comunicação de furto/roubo e pode bloquear os acessos às contas daquele consumidor. A expectativa da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) é que o bloqueio ocorra em questão de minutos. O prazo seria de até 30 minutos para Banco do Brasil, Caixa, Sicredi e Bradesco.
Smartphone não fica totalmente bloqueado
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli disse em entrevista ao Tecnoblog que foi dado um primeiro passo em direção a um ambiente mais seguro para os smartphones. Ele reconheceu que o sistema precisa evoluir para englobar, por exemplo, as principais empresas do setor de celulares: Apple, Google e Samsung. Elas oferecem ferramentas nativas para rastrear e bloquear remotamente os aparelhos, mas isso tudo ocorre de maneira independente. Os sul-coreanos até oferecem o serviço Cadeado Galaxy.
O principal nome por trás do programa respondeu às falas de que o governo irá monitorar o smartphone do cidadão: “Isso é loucura, é teoria da conspiração, é terraplanismo”. O secretário-executivo disse que a administração pública “não sabe e nem quer saber com quais empresas aquele consumidor tem relação”.
Cappelli também acredita na maior adesão de plataformas de serviços digitais. Aplicativos do porte de Uber, 99 e iFood devem se integrar ao Celular Seguro nas próximas semanas. Seria uma questão técnica para a comunicação entre o ministério e as bases de dados destas empresas.
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Celular Seguro registra mais de 4 mil bloqueios na primeira semana
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