Uma parte dos aplicativos do Apple Vision Pro são versões oriundas do iPhone e iPad, sem grandes modificações. De acordo com o jornalista Mark Gurman, especialista em cobrir a Apple, até mesmo apps feitos pela empresa, como o Podcast e Calendário, foram portados para rodar no visionOS, sistema operacional do Apple Vision Pro. O headset, segundo a Apple, terá mais de 1 milhão de apps no lançamento.
De fato, alguns aplicativos não precisam de grandes modificações ou efeitos de realidade virtual para serem mais imersivo. O Lembretes ou Calendário, por exemplo, são ferramentas de utilidade e o usuário, provavelmente, quer usar esses apps de modo mais direto. Basta abrir, ver as tarefas do dia e pronto.
Porém, os early adopters do Apple Vision Pro precisam ficar atentos para não se decepcionarem com a ausência de imersão em alguns aplicativos — seja algum da Apple ou desenvolvido por terceiros. Tal qual o ato de comprar um console logo na estreia, o usuário terá poucos app focados para tirar o máximo do Apple Vision Pro. Por outro lado, as demonstrações indicam que a Apple investiu pesado no uso para entretenimento — e estúdios adultos terão sua chance no headset.
Taxa da Apple desmotiva desenvolvedores
Segundo Gurman, um dos motivos para a falta de apps dedicados ao Apple Vision Pro e visionOS é a combinação da taxa 30% da Apple e baixa unidades produzidas. É especulado que a big tech terá 80 mil unidades à vende a nesse primeiro período.
Em comparação, o iPhone 14 Pro Max vendeu 26,5 milhões de unidades só no primeiro semestre de 2023. Por mais que a taxa seja alta, produzir um app para o iPhone ou iPad compensa pelo tamanho de mercado, o desenvolvedor recupera o investimento e consegue lucrar. E ainda que agora seja possível driblar a taxa, anunciando canais de vendas de terceiros, sempre haverá o público que prefere comprar ou assinar um aplicativo pela App Store.
Apple Vision Pro sem Netflix, Spotify, YouTube e outros
Algumas baixas do visionOS no lançamento será a ausência do app da Netflix, Spotify e YouTube. As empresas não chegaram a dar um motivo para não lançar aplicativos para o Apple Vision Pro.
Existem algumas possibilidades, como esperar para ver se headset será um sucesso ou o fato de serem rivais da Apple em alguns segmentos. A Meta também não lançará aplicativos das suas redes sociais para o Vision Pro — aqui fica difícil não dizer que a concorrência é o motivo.
Com informações: The Verge e Bloomberg
Apple Vision Pro: parte dos apps são versões para iPhone e iPad
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