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Streamings piratas estão faturando alto com suas plataformas (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O mercado de streamings ilegais, segundo estimativas, fatura até US$ 2 bilhões (R$ 9,8 bilhões) por ano. O valor foi calculado pela Motion Picture Association (MPA), associação formada pelos cinco grandes estúdios americanos (Sony, Paramount, Universal, Disney e Warner) e Netflix. Além do grande faturamento, a margem de lucra beira 90% — afinal, não há gastos com produção e divulgação das obras.

A receita de US$ 2 bilhões é conquistada, principalmente, através de anúncios e assinaturas. Sim, assinaturas. Existem alguns serviços ilegais de streaming — ou no “limbo” — que cobram um valor para acessar os seus conteúdos.

Com tantos streamings oficiais pagos e com preços sempre subindo, esses serviços se tornam mais atrativos por reunirem conteúdos de diversos estúdios com um valor bem menor. Fora anúncios e assinatura, algumas plataformas piratas permitem que usuários enviem doações.

(Imagem: Reprodução/Tecnoblog)
Plataformas piratas reúnem conteúdo de vários streamings por preços menores (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Lucro para os piratas, prejuízos para a indústria

Enquanto os piratas tiram US$ 2 bilhões por ano, com margem de lucro de quase 90%, os estúdios e governo ficam no prejuízo. Segundo a Câmara de Comércio Global dos Estados Unidos, uma receita de US$ 30 bilhões (R$ 147,4 bilhões) é perdida no país por causa dos streamings ilegais. No mundo, de acordo com o órgão, o impacto é de US$ 71 bilhões (R$ 349 bilhões) negativos.

A Parks Associates, uma empresa de consultoria, calcula que os streamings oficiais (Netflix, Prime, Max, etc.) devem perder um total acumulado de US$ 113 bilhões (R$ 555 bilhões) até 2026.

Serviços estrangeiros de streaming estão na mira de projeto de lei
Streamings podem perder quase meio trilhão de dólares até 2026 por conta de pirataria, diz órgão americano (Imagem: Guilherme Reis/Tecnoblog)

De acordo com a MPA, existem em torno de 130 sites de streaming ilegais só nos Estados Unidos. Os preços das assinaturas chegam a ser um terço do que é cobrado pela Netflix. Há também plataformas que exigem convite.

Para combater esses serviços, a força-tarefa da MPA tem apoio da Interpol, Europol e polícias nacionais para encontrar os responsáveis. De acordo com Jan van Voorn, líder da força-tarefa, o tempo para derrubar um streaming pirata varia de acordo com cada país. A maior “vitória” foi derrubar um site no Vietnã, país que é um dos principais “fornecedores” de plataformas do tipo.

Com informações: Bloomberg

Streaming ilegal fatura até US$ 2 bilhões, mostra estimativa