Ilustração mostrando que o logo do Bard será substituído pelo logo do Gemini
Chatbot Gemini ganha aplicativo próprio e substitui Google Assistente (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou o fim do Bard e a adoção do nome Gemini para as ferramentas de inteligência artificial da empresa. A partir desta quinta-feira (08), os consumidores perceberão a transição, considerada uma das mais importantes da história do Google pela vice-presidente Sissie Hsiao.

Em resumo, o Google revelou o seguinte:

  1. O Bard passa a se chamar Gemini e ganha um app dedicado a ele no Android
  2. O serviço Google One estreia um plano com inteligência artificial generativa de alta capacidade, o Google One AI Premium
  3. O Google Assistente passa a ser alimentado pelo modelo do Gemini
  4. O Duet AI se torna Gemini nos aplicativos do Google Workspace e do Google Cloud (incluindo o Gmail e Google o Docs)

O que é Gemini?

O Google anunciou em dezembro de 2023 o lançamento do Gemini, um novo modelo de linguagem considerado poderoso por ser multimodal. Ou seja, ele consegue entender interações em texto, áudio ou imagem. De modo simplificado, seria o equivalente ao GPT-4, o mais avançado LLM da rival OpenAI.

O Gemini se divide em três versões distintas: a Nano, a tradicional e a Advanced (antiga Ultra). Cada qual tem suas próprias características, como maior velocidade de processamento ou maior capacidade de encarar atividades complexas. Depois de dois meses, a empresa decidiu levar o Gemini a diversos produtos e plataformas que já estão disponíveis para os usuários.

Print do Gmail
IA generativa do Gemini no Gmail (Imagem: Divulgação/Google)

O CEO Sundar Pichai explicou num comunicado que o então Gemini Ultra passa a se chamar Gemini Advanced. O modelo está mais ágil em atividades que exijam “raciocinar, seguir instruções, codificação e colaboração criativa”.

Aliás, a pronúncia de Gemini em inglês é jeh-muh-nai. Os adeptos da astrologia provavelmente já sacaram que tem a ver com o signo de Gêmeos naquele idioma.

O aplicativo do Gemini

Eu participei de uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (07), na qual executivos do Google explicaram as variadas mudanças e adaptações para a chegada do modelo de linguagem Gemini. Os usuários de Android irão contar com um aplicativo dedicado à IA, nos mesmos modelos do que a Microsoft fez ao anunciar o app do Copilot.

Nele, será possível interagir por meio de texto, voz ou imagem, conforme mencionei acima. Todo o processamento ocorre na nuvem. Somente o smartphone Pixel 8 Pro, do próprio Google, conta com uma IA embarcada diretamente no aparelho.

Os recursos do Gemini no mobile estarão disponíveis em celulares com no mínimo Android 12 e memória RAM de 4 GB.

Usuários de iPhone (iOS) poderão acionar o Gemini por meio do aplicativo oficial do Google. Não será necessário instalar nada novo.

A equipe do Google me explicou que o app oficial é muito popular entre os adeptos do ambiente Apple. “Conforme tivermos retorno dos usuários e o que funciona melhor para ele, nós poderemos melhorar a experiência com o passar do tempo”, diz o Google ao Tecnoblog.

É necessário um iPhone com iOS 16 ou posterior para acessar as funções do novo modelo de linguagem.

O Gemini será acessado no computador pelo endereço gemini.google.com. Com essa mudança, a página em bard.google.com sai de cena.

Fim do Bard: Google anuncia início da Era Gemini