A empresa chinesa Meizu decidiu abandonar o mercado de celulares para focar em produtos de inteligência artificial (IA). Ela se junta a outras gigantes, como a LG, que optaram por deixar uma categoria muito competitiva, em que poucas empresas realmente conseguem gerar lucro.
O CEO e presidente do conselho da Meizu, Shen Ziyu, declarou que os usuários de telefones estão levando mais tempo para fazer o upgrade: 51 meses, o que dá mais de quatro anos. Além disso, segundo nota o site GSM Arena, hoje em dia várias fabricantes oferecem celulares equivalentes em termos de software e câmera, entre outros atributos. Ele ainda criticou a disputa por mais memória, sensores maiores e recarga mais veloz.
A realidade é que a Meizu perdeu relevância diante de empresas bem maiores. No relatório mais recente da Counterpoint Research, por exemplo, o top 5 global de smartphones é composto (nesta ordem) por Samsung, Apple, Xiaomi, Oppo/OnePlus e Vivo. Elas respondem por 66% do mercado.
Os demais 34% são classificados como “outros”. Nesta rubrica estaria a Meizu, que foi adquirida pela montadora Geely em 2022.
A Meizu tem histórico controverso com o Brasil. Ela chegou a vender celulares como o basicão Meizu M6 por aqui, por preços a partir de R$ 649, uma cifra bastante competitiva. Também trouxe o Meizu M6 Note por R$ 1.199.
Todo o processo de distribuição era feito pela empresa brasileira Vi Station, que decidiu sair do negócio de celulares há três anos. Alguns modelos foram lançados sem homologação da Anatel.
O foco da Meizu em inteligência artificial deverá produzir “os aparelhos do amanhã”, segundo material de divulgação. Foi cancelado o desenvolvimento do Meizu 21 Pro, Meizu 22 e Meizu 23.
Mais uma vítima: Meizu abandona mercado de celulares
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