O Google decidiu interromper o serviço de geração de imagens de pessoas do Gemini, sua inteligência artificial generativa. O motivo são os erros historicamente imprecisos de algumas imagens e as subsequentes críticas dos usuários. Por exemplo, um prompt de “soldados alemães na segunda guerra” resultou em artes com soldadas asiáticas.
Dizer que os resultados são “historicamente imprecisos” soa um pouco estranho. Afinal, mesmo que práticas e úteis em alguns momentos, as IAs generativas são suscetíveis a erros — até mesmo com textos de fácil leitura. Por exemplo, em alguns testes com o ChatGPT, ele errou o que estava escrito em artigos de leis brasileiras publicadas no período no qual ele foi treinado.
Logo, utilizar uma IA generativa de imagens para ilustrações históricas já seria um risco. Sem falar que a maioria dessas inteligências artificiais seguem reproduzindo erros nas mãos, textos e vestimentas das pessoas.
Google está trabalhando em solução
Ao interromper a geração de imagens de pessoas no Gemini, o Google também informou que já está trabalhando para resolver a situação. A big tech comentou que espera trazer uma solução e o serviço de volta em breve.
Quem quiser gerar imagens de outras coisas, como paisagens, cenários, produtos ou retomar a moda das versões Pixar, pode seguir usando o Gemini sem problemas.
O gerador de imagens do Gemini foi lançado no início de fevereiro, pouco antes da empresa adotar o novo nome e encerrar de vez o Bard. Ele é a resposta do Google para os serviços fornecidos pela OpenAI e Microsoft.
A primeira é criadora do Dall-E, enquanto a big tech fundada por Bill Gates usou a parceria com a OpenAI para levar geração de imagens para o Copilot, que antes era conhecido como Bing Chat. A interrupção de uma das funcionalidades da geração de imagens do Gemini é um contratempo na corrida do Google para ganhar espaço no segmento.
Com informações: The Verge
Gemini: Google decide geração de imagens de pessoas
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