A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) revelou que os celulares irregulares já abocanham 25% do mercado brasileiro. Foram 6,2 milhões de telefones comercializados sem recolhimento de impostos em 2023, de acordo com a entidade. “A fiscalização que temos em fronteira não está sendo suficiente para coibir este gravíssimo problema”, declarou o presidente Humberto Barbato.
O dirigente da Abinee disse que que o “consumidor é o maior prejudicado” porque corre riscos de segurança e fica sem assistência técnica. “Nossas autoridades precisam tomar uma medida mais drástica.”
A entidade representa os interesses de fabricantes de eletroeletrônicos, dentre elas Apple, Samsung e Motorola, as três mais importantes marcas de smartphones do país. Não é de hoje que ela se posiciona contra o ingresso de smartphones ilegais. Nós já fizemos um episódio inteirinho do Tecnocast sobre este assunto; vale conferir!
Luiz Carneiro, diretor de relações governamentais, disse que o Redmi Note 12 é o telefone mais popular no chamado mercado cinza. Os descontos costumam ser de até 50% em relação ao preço oficial. Os itens entram principalmente por terra, a partir da fronteira com o Paraguai. Produtos da Realme e da Oppo na versão global também estariam ganhando mercado.
Em dezembro, a Abinee divulgou que o país bateria recorde de vendas de celulares irregulares. O número previsto, de 21%, foi ainda maior, conforme apresentado numa entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (dia 25/04), da qual eu participei.
A diretoria da Abinee conta com representantes de Apple, Bosch, Cisco, Dell, Hitachi Energy, Flex, HP, LG, Motorola, Nokia Networks, Panasonic, Positivo, Samsung e Siemens. Muitas outras empresas participam das decisões da entidade setorial.
Celular irregular abocanha 25% do mercado e assusta indústria brasileira
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