Criptomoedas (Imagem: WorldSpectrum/Pixabay)
Empresas de tecnologia e de criptomoedas se unem para combater fraudes (Imagem: WorldSpectrum/Pixabay)

A Meta e o Tinder deram match com mais outras empresas de tecnologia para combater golpes de criptomoedas, além de outras fraudes aplicadas em plataformas digitais. A Coinbase e Kraken, companhias do ramo de investimento em criptos, também integram a coalizão batizada de Tech Against Scam (Tech Contra Fraudes). Os integrantes da coalizão compartilharão informações, dados e boas práticas para derrubar golpes virtuais.

O grupo de empresas também formulará conteúdos para educar seus usuários a identificar golpes e atividades suspeitas. Apesar da maior participação de companhias de criptomoedas, a atividade da coalizão pode auxiliar no combate a outros golpes no meio virtual e catfish, também chamado de estelionato afetivo.

A expressão é usada para o estelionato que se utiliza da criação de um vínculo sentimental com as vítimas. Este tipo de crime ficou mais conhecido após o lançamento do documentário O Golpista do Tinder, da Netflix. Contudo, um caso similar repercutiu no Brasil nos últimos meses.

Coalizão contra fraudes envolvendo criptoativos

Integração entre empresas envolverá compartilhamento de inteligência e análise de novos tipos de golpes (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Integração entre empresas envolverá compartilhamento de inteligência e análise de novos tipos de golpes (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Na nota enviada à imprensa, as empresas citam como um exemplo de caso que desejam combater o “pig-butchering” (abate de porco em tradução direta). Neste golpe, ao invés de furtar o dinheiro e sumir, os criminosos mantém um contato contínuo com a vítima. Os bandidos convencem o alvo a seguir investindo em algum criptoativo.

Após um tempo, com a vítima tendo depositado e investido uma grande quantia, os golpistas roubam todo os valores. Esse ato de esperar o alvo gastar uma determinada quantia é a origem do nome do golpe, fazendo um paralelo com a criação de animais, esperando que eles atinjam um peso certo até realizar o abate.

Como explicam as empresas participantes da coalizão, a colaboração entre elas ampliará o combate às fraudes com uma estratégia multiplataforma. Apesar de conhecida pelo Tinder, o Match Group também é proprietário do OkCupid, Hinge, Meetic, Match.com e Plenty of Fish, todas plataformas de encontro.

Somada às redes sociais da Meta (Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp), a coalizão atuará em pelo menos nove redes sociais. A Ripple e a Gemini, empresas de criptoativos, também integram o grupo.

Guy Rosen, chefe do setor de segurança da informação na Meta, espera que a coalizão amplie a força das equipes de segurança das empresas participantes, além de gerar insights e identificar mais rapidamente novos tipos de golpes.

Com informações: TechCrunch, Yahoo e Fortune

Meta e Tinder se unem em coalizão contra golpes de criptos