Samsung Galaxy S21 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)
Samsung Galaxy S21 é um exemplo de smartphone com mais de três anos (Imagem: Paulo Higa / Tecnoblog)

Uma pesquisa com mais de 2 mil brasileiros revelou que 30% dos entrevistados trocam de smartphone em média a cada dois anos, e 28%, a cada três anos. Apesar disso, 48% pretendem comprar um aparelho novo nos próximos 12 meses.

Nos dados sobre troca de smartphone, apenas 7% dos entrevistados disseram comprar um aparelho novo todos os anos. Isso é menos que os que costuma ficar quatro ou cinco anos com o mesmo smartphone (17% e 16%, respectivamente). Os 2% restantes dizem nunca ter trocado.

iPhone 13 Mini (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
iPhone 13 Mini completará três anos de lançamento em setembro de 2024 (Imagem: Darlan Helder / Tecnoblog)

Os números estão na Pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – O brasileiro e seu smartphone – junho de 2024. Estas informações parecem alinhadas com o que acontece no exterior: dados de mercado dos Estados Unidos apontam que os usuários passam cerca de três anos com o mesmo aparelho. Os preços altos e a falta de novidades relevantes estão entre os motivos apontados.

As próprias fabricantes parecem ter entendido o movimento do mercado e tentam convencer os consumidores com um suporte mais longo. A Samsung já oferece sete atualizações de Android para a linha Galaxy S24, e não é difícil achar no mercado aparelhos com promessa de três ou mais updates.

Processador e memória são os principais fatores

Curiosamente, apesar da baixa frequência de troca, quase metade dos participantes (48%) da pesquisa do Mobile Time dizem ter intenção de comprar um smartphone nos próximos 12 meses. Mesmo assim, este número era maior há um ano: 53%.

Entre os que não têm planos, 29% avaliam que isso não é necessário e 12% apontam falta de dinheiro como o motivo. Os 11% restantes não sabem se trocarão ou não.

Ilustração de chip de dispositivo eletrônico
Capacidade de processamento é o fator mais importante na hora de trocar de aparelho (Imagem: Divulgação / Qualcomm)

Capacidade de processamento (28%), memória (24%), duração da bateria (15%) e qualidade da câmera (13%) foram os principais fatores apontados pelos respondentes da pesquisa na hora de escolher um telefone novo. Na outra ponta, entre os aspectos menos citados, estão design (1%), tela grande (3%), 5G (5%) e marca (10%).

Celulares velhos são vendidos ou vão para gaveta

Entre os participantes da pesquisa, 63% afirmam possuir um celular guardado em casa, e este número varia pouco entre diferentes faixas de renda. Considerando somente as pessoas que responderam “sim” a esta questão, a média de smartphones “engavetados” é de 1,7 aparelho por indivíduo.

Outro fim para os aparelhos velhos é a revenda: 48% dos participantes contam já terem comercializado um produto usado. Por outro lado, entre quem comprou seu smartphone atual, só 7% adquiriram um celular de segunda mão.

Pilha de celulares velhos (Imagem: Eirik Solheim/Unsplash)
Qual o destino so seu “velho” aparelho? (Imagem: Eirik Solheim/Unsplash)

Ainda neste assunto, 90% dos participantes compraram o aparelho atual, enquanto os 10% restantes receberam um celular de segunda mão, doado por uma pessoa próxima. Lojas físicas e canais de venda online dividem a preferência do consumidor, com 45% e 49% dos entrevistados, respectivamente; os 6% restantes foram comprados de outras pessoas.

A Pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – O brasileiro e seu smartphone – junho de 2024 foi realizada pela internet entre 17 e 24 de maio de 2024, com 2.067 brasileiros que possuem um celular, respeitando proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, e o grau de confiança é de 95%.

Com informações: Mobile Time

Consumidores trocam de celular a cada dois ou três anos, mostra levantamento