Alemanha vai parar de usar disquetes em navios de guerra

A Marinha Alemanha quer acabar com o uso de disquetes nas suas fragatas. Uma licitação aberta pelo governo busca uma solução para emular disquetes nos computadores dos quatro navios da classe Brandenburg. Lançados nos anos 90, as fragatas dependem dos dados armazenados no dispositivo para o controle de funções essenciais, como propulsão e geração de energia.

“Mas por que a marinha quer emular os disquetes? Por que não atualizar o equipamento com uma entrada USB?”, você pode estar se perguntando. É que a modernização da frota não terá uma atualização do sistema operacional dos computadores das fragatas. Além disso, a próxima geração dos navios entrará em operação nos próximos anos.

Como o sistema segue atuando conforme o esperado, não existe razão para mudá-lo — o que também geraria mais trabalho na modernização da frota. Por isso é mais fácil adquirir um drive emulador com entrada USB (um exemplo desse produto são os vendidos pela Gotek).

Você conecta um pen drive e o sistema lê os arquivos, “interpretando” que um disquete de oito polegadas (sim, os navios usam esse tipo de disquete) foi inserido.

Disquete: esquecido “pero no mucho”

Os disquetes são tão antigos que existe uma geração que não sabe que ele é o ícone de salvar. Contudo, os equipamentos ainda são usados em outras áreas importantes — não só em navios militares. O Boeing 747-400 utiliza os disquetes para atualizar o software do seus computadores.

Ainda que ele tenha passado por constantes atualizações desde o seu lançamento em 1988, não existe necessidade de trocar os leitores de disquete. Assim como no caso das fragatas alemãs, trocar o dispositivo de armazenamento exigiria um emulador ou atualizar o sistema.

Nos Estados Unidos, alguns sistemas de controle de tráfego de trens seguem usando disquetes. Nas ferrovias alemãs, esse sistema utiliza aplicações do MS-DOS e Windows 3.11. Não conseguimos confirmar se ainda usam disquetes, mas visto que são sistemas operacionais da época em que eles eram populares, é provável que sim.

Por outro lado, o Japão é um exemplo para outras nações. O país se dedicou a acabar com o uso de disquetes nos seus sistemas e repartições públicas. No fim de junho, o Japão declarou vitória na sua “guerra” contra esses dispositivos. O processo de remoção durou dois anos, mas o país segue na briga contra faxes e máquinas de escrever.

Com informações: Golem, Tom’s Hardware e Engadget

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