A CrowdStrike está entregando vouchers do Uber Eats para parceiros como uma espécie de bônus após o apagão cibernético. Esses vouchers, cujo preço varia conforme o país, foram enviados para vendedores licenciados e profissionais de suporte pela contribuição na solução do bug que inutilizou PCs em todo o mundo. As empresas afetadas não ganharam nada até o momento além de desculpas — mas elas devem cobrar.
Em nota para o TechCrunch, Kevin Benacci, porta-voz da CrowdStrike, disse que os cartões de presente são uma forma de agradecer esses parceiros que ajudaram os clientes durante o apagão cibernético. Contudo, devido ao enorme volume de vouchers liberados e suas retiradas, a Uber marcou que os vouchers eram fraudados — problema que já foi resolvido.
A CrowdStrike não revelou a quantia gasta em cartões de presente do Uber Eats, mas visto que o volume foi tão grande ao ponto de gerar a suspeita de golpe, não foi pouco. Segundo emails acessados pelo TechCrunch e CNN, os vouchers são de US$ 10 (R$ 56,52) nos Estados Unidos e 7 libras no Reino Unido.
E os clientes afetados?
Até o momento, a CrowdStrike está quieta sobre alguma compensação ou indenização aos milhares de clientes afetados pelo bug.
No Brasil, a tela azul causada pela atualização no Falcon, software de cibersegurança usado na computação em nuvem, levou instabilidades aos bancos do país. Aeroportos pelo mundo tiveram voos atrasados ou cancelados — inclusive, com algumas companhias aéreas, as telas azuis continuavam na segunda-feira (22).
Contudo, silêncio e pedido de desculpas aos clientes não deve livrar a CrowdStrike de indenizá-los. É especulado que o apagão causado pelo bug no software da empresa de um prejuízo de US$ 5,4 bilhões (R$ 32,7 bilhões).
Especialistas entrevistados pela CNN sugerem que as companhias afetadas podem entrar com um processo por danos contra a CrowdStrike.
Com informações: TechCrunch e CNN (1 e 2)
Após apagão, CrowdStrike dá voucher de Uber Eats de 10 dólares
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