Bob Iger, CEO da Disney, disse a acionistas que o Disney+ vai começar a proibir “para valer” o compartilhamento de senhas em setembro deste ano. Por enquanto, não há um cronograma detalhado sobre quando a nova medida vai começar a valer, nem se haverá perfis extras e quanto eles vão custar.
A Disney ensaia fazer esta mudança em seu streaming há quase um ano. O primeiro prazo dado era novembro de 2023; posteriormente, passou para junho de 2024. Alguns assinantes do Canadá e dos Estados Unidos já receberam emails, avisando que não será mais permitido compartilhar senhas com pessoas que moram em outros endereços.
Contrato no Brasil já prevê cobrança extra
Nenhum cronograma específico para o Brasil foi divulgado. Mesmo assim, o contrato de assinatura da Disney+, atualizado em abril de 2024, contém regras sobre este assunto, a exemplo do que já acontece em outros mercados.
O acesso à sua conta estará limitado à sua Residência (conforme definido abaixo) exceto caso expressamente permitido pelas regras de Compartilhamento de Conta definidas abaixo.
Para os fins do presente Contrato, o conceito “Residência” se refere ao conjunto de dispositivos utilizados em sua residência pessoal e que são utilizados pelas pessoas que ali residem. Exceto se permitido pelo nível do Serviço Disney+ que você assina ou por esse Contrato, você não deverá compartilhar a sua assinatura fora do âmbito da sua Residência. Adicionalmente, regras de uso diferenciadas podem se aplicar a diferentes níveis do Serviço Disney+.
Outro trecho diz que, caso a Disney considere que o cliente esteja violando os termos de contrato, poderá exigir que o titular ou outros usuários que não residam no mesmo endereço adquiram contas de Membro Extra ou novas assinaturas.
A estratégia da empresa do Mickey segue os passos da Netflix, que proibiu que pessoas que moram em outro endereço possam usar a mesma conta do titular. A estratégia deu certo em um primeiro momento, mas o crescimento no número de assinantes desacelerou logo em seguida.
Disney+ reformulou planos
Em junho, a Disney unificou suas duas plataformas de streaming disponíveis no Brasil, o Disney+ e o Star+. Os preços mensais subiram, mas novos planos anuais podem ter vantagens.
- O plano mais barato passou de R$ 33,90 mensais para R$ 43,90 mensais, agregando séries e filmes do Star+, além dos canais ESPN e ESPN 3. Uma opção é pagar R$ 368,90 no plano anual, equivalente a R$ 30,74 mensais.
- Já o plano Premium custa R$ 62,90 mensais. Ele é equivalente ao antigo combo de Disney+ e Star+, que saía por R$ 55,90 mensais. Uma opção é pagar R$ 527,90 no plano anual, equivalente a R$ 43,99 mensais.
Um jeito popular de assinar a plataforma era pelo Meli+, do Mercado Livre, que custa R$ 17,99 mensais. Ele dava acesso ao combo Disney+ e Star+. Agora, apenas o Disney+ Padrão com anúncios é incluído no pacote.
Com informações: The Verge, TechRadar
CEO do Disney+ promete acabar com compartilhamento de senhas em setembro
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