Seguindo a revelação do projeto em fevereiro, o Google anunciou nesta segunda-feira (26) que irá iniciar as obras do novo Centro de Engenharia da gigante, em São Paulo, na próxima semana. Iniciativa desenvolvida junto ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado, a novidade promete trazer grandes inovações em ramos como segurança e acessibilidade, estando prevista para ser inaugurada em 2026.

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Quando chegou ao Brasil em 2005, a gigante das buscas inaugurou em Belo Horizonte seu primeiro Centro de Engenharia, um campus de Pesquisa e Desenvolvimento responsável por grandes projetos da empresa. A unidade ganhou força com os anos e chegou a ser responsável por alguns dos principais projetos globais do Google, incluindo os recentes esforços para impedir o roubo de celulares.

Neste ano, a companhia anunciou que começaria a trabalhar na abertura do segundo Centro de Engenharia do país, desta vez na cidade de São Paulo. A revelação foi feita em fevereiro, junto ao Governo do Estado, e foi acompanhada de poucos detalhes na época. Nesta segunda (26), diversas novas informações foram divulgadas, com uma novidade importante: as reformas para as instalações vão começar já na próxima semana.


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O novo Centro de Engenharia do Google no Brasil

O segundo Centro de Engenharia do Google no Brasil será estabelecido no Prédio 1 do IPT, complexo presente na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), e tem previsão de inauguração para 2026. Até lá, o local passará por uma grande reforma, com revitalizações de peso para tornar o edifício mais sustentável e adaptado às necessidades do Google, mas respeitando a arquitetura original, vista como patrimônio histórico da capital paulista.

Instalado no Prédio 1 do IPT, o segundo Centro de Engenharia do Google no Brasil vai manter o visual da instalação histórica, mas adotar alguns elementos característicos da empresa (Imagem: Divulgação/Google)

Segundo explicou o Executivo de Projetos Real Estate do Google Brasil, João Vieira, o escritório será bem diferente da sede da gigante na Avenida Faria Lima, e terá forte foco na sustentabilidade.

Resultado de um concurso de arquitetura realizado entre cinco escritórios especializados, o projeto contará com um sistema de ventilação natural, sombreamento externo com muita vegetação, painéis voltaicos para alimentação via energia solar e 100% de coleta da água da chuva do próprio prédio e dos arredores.

Fora isso, muitas das características históricas, como o chão de taco e a aparência geral da construção, serão mantidas, ainda que alguns elementos de identidade do Google sejam implementados.

A instalação será fortemente focada na sustentabilidade, e vai buscar incentivar a colaboração entre engenheiros, estudantes e colaboradores (Imagem: Divulgação/Google)

Por integrar o chamado IPT Open, programa aberto pelo qual um ecossistema de pesquisa e tecnologia foi estabelecido, e que já conta com nomes como Lenovo e Nokia, o Centro de Engenharia terá a maioria das instalações abertas ao público e atuará como um ponto de ligação entre o IPT e a USP, sendo a lógica de compartilhar conhecimentos e experiências um dos pilares do ambiente.

Até o fechamento da parceria, o Prédio 1 abrigava muitas das estruturas do IPT, que foram então migradas para novos espaços construídos pelo próprio Google, de modo a abater os custos da instalação do Centro, incluindo um espaço maker e a biblioteca do Instituto. O acordo terá duração de 10 anos, e poderá ser estendido no futuro.

Primeiros projetos confirmados

A gigante também aproveitou a oportunidade para comentar alguns dos estudos que serão realizados, com destaque para duas iniciativas inéditas na América Latina: o Google Safety Engineering Center (GSEC), ou Centro de Engenharia de Segurança do Google em tradução livre, focado em cibersegurança e privacidade; e o Accessibility Discovery Center (ADC), ou Centro de Descoberta de Acessibilidade, voltado para desenvolvimento de recursos de acessibilidade.

O GSEC brasileiro será a quarta unidade no mundo, e a primeira de todo o continente americano, colocando o Brasil em uma posição de destaque. As pesquisas serão conduzidas em conjunto com as outras três centrais, instaladas nas cidades de Munique (Alemanha), Málaga (Espanha) e Dublin (Irlanda), e continuarão o desenvolvimento de tecnologias de proteção junto a especialistas e autoridades para combater as ameaças emergentes do mundo digital.

Por sua vez, o ADC de São Paulo também será o quarto e o maior do mundo, com uma área de 100 m², complementando os trabalhos das unidades de Londres (Inglaterra), Dublin (Irlanda) e Zurique (Suíça). O local permitirá aos engenheiros e estudantes trocarem informações, estudar formas de projetar produtos com acessibilidade em mente desde o princípio, testar dispositivos e muito mais.

Quarto do mundo e primeiro das Américas, o GSEC do Brasil vai colaborar com as outras unidades para desenvolver recursos avançados de segurança e privacidade (Imagem: Renan da Silva Dores/)

Responsável pelo laboratório, o Gerente de Parcerias e Relacionamento para Acessibilidade da companhia, Bernardo Barlach, chegou a citar alguns dos projetos desenvolvidos por outros ADCs como forma de demonstrar o potencial da unidade brasileira. Entre eles estão o Projeto Relate, que usa IA para facilitar a comunicação de pessoas com fala fora do padrão a se comunicarem com outras pessoas e utilizarem serviços como o Google Gemini.

Novas parcerias e início dos trabalhos

Por fim, o Google revelou que a chegada do novo Centro de Engenharia irá abrir portas para mais parcerias nos próximos anos. A primeira delas já entra em vigor nesta semana, com a colaboração com a Control Risks, empresa global de consultoria em riscos. Juntas, as companhias oferecerão treinamento de segurança para usuários de alto risco, como jornalistas, políticos e outras figuras públicas, além de distribuir chaves físicas de proteção para dados sensíveis.

O Centro de Engenharia abrirá portas para novas parcerias, como a anunciada para esta semana com a Control Risks, focada em cibersegurança (Imagem: Renan da Silva Dores/)

Além disso, mesmo que a inauguração da sede de pesquisas esteja prevista apenas para 2026, a gigante das buscas já está contratando engenheiros e especialistas em áreas diversas para iniciar os trabalhos. Os interessados podem se candidatar no site do Google Careers, havendo ainda vagas dedicadas para pessoas negras e pessoas com deficiência.

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