Para frear elétricos chineses, Canadá vai impor taxação de 100%

A “invasão” de carros chineses no mercado não está tirando o sono de fabricantes tradicionais apenas no Brasil. Se por aqui os aumentos na alíquota de importação tornaram mais difícil a compra de um modelo eletrificado importado da Ásia, no Canadá a missão está ainda mais difícil.

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Justin Trudeau, primeiro-ministro canadense, informou nesta terça-feira (27) que o país irá impor uma sobretaxa de 100% em cima de carros elétricos importados da China, além de uma tarifa de 25% sobre alumínio e aço.

O governo resolveu adotar uma postura radical 30 dias após ter feito uma consulta pública sobre o assunto. A justificativa de Trudeau é que as novas tarifas alinham o Canadá com o que vem sendo feito na Europa e nos Estados Unidos, pois a China, segundo ele, “não está jogando pelas mesmas regras”.

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O assunto ganhará desdobramentos durante esta semana, já que o primeiro-ministro do Canadá estará em Pequim ao lado de Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos. A ideia é montar uma “frente unida” para tentar frear o que Joe Biden, presidente dos EUA, rotulou de “vantagem injusta” dos chineses.

Canadá vai taxar em 100% carros que forem importados da China (Imagem: Divulgação/BYD)

Canadá quer se firmar na cadeia de suprimentos

A intenção do Canadá em taxar carros elétricos e matérias-primas vindas da China em valores exorbitantes tem outro motivo.

O país tem a intenção de se posicionar globalmente como referência na cadeia de suprimentos para carros elétricos e, para isso, precisa combater o país asiático.

Recentemente, o Canadá fechou acordo com fabricantes europeias para reforçar sua cadeia de suprimentos para carros elétricos e, agora, espera que os Estados Unidos façam o mesmo para, com a “frente unida”, conseguirem, enfim, frear a invasão chinesa.