Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar e o sexto em relação ao Sol. Aqui, você vai descobrir a origem dos anéis deste gigante gasoso, quantas luas estão em sua órbita e muito mais. 

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Composto principalmente de hidrogênio e hélio, Saturno é o segundo planeta mais massivo no Sistema Solar — ele perde apenas para Júpiter, o maior em nossa vizinhança cósmica. Por outro lado, Saturno é conhecido desde os tempos antigos, o que lhe rendeu o título de primeiro planeta observado a olho nu. 

O que se sabe sobre o Saturno, planeta com anéis

Saturno fica a cerca de 1,4 bilhão de quilômetros do Sol, distância equivalente a 9,5 unidades astronômicas (cada unidade representa a distância entre nosso planeta e o Sol). Ele tem diâmetro de 120.500 quilômetros, sendo grande o suficiente para comportar cerca de 764 planetas Terra.


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O planeta Saturno é gasoso e cercado por anéis (Imagem: Reprodução/NASA, ESA/A. Simon/M.H. Wong/OPAL team)

Como é gasoso, Saturno obviamente não tem superfície sólida, mas possui um núcleo denso de metais como ferro e níquel, junto de compostos solidificados pela alta pressão e calor. O núcleo é cercado por uma camada de hidrogênio metálico, que fica dentro de outra, de hidrogênio líquido.

Os dias lá duram apenas 10,5 horas, e os anos, 29,4 anos terrestres. Devido à inclinação de 26,73º, o planeta tem estações como a Terra, mas as semelhanças com nosso mundo acabam aí: a atmosfera de Saturno é marcada por ventos que sopram a até 1.800 km/h, que são também os culpados pelas faixas amareladas em suas camadas.

Boa parte do conhecimento da ciência sobre o planeta veio da missão Pioneer, da NASA, que chegou a Saturno em 1979 e foi a primeira a visitá-lo. As imagens obtidas revelaram aos astrônomos seus anéis externos, enquanto as sondas Voyager mostraram os anéis menores e mais internos.

O que são os anéis de Saturno

Saturno é cercado por um sistema de anéis de feitos de fragmentos de gelo e rocha e outros materiais, como poeira. Os cientistas acreditam que estas estruturas são pedaços de cometas, asteroides ou luas que acabaram destruídas.

Ali existem partículas variadas: algumas têm o tamanho de grãos, enquanto outras são aglomerados de gelo tão grandes quanto uma casa. Os anéis se estendem a até 282 mil quilômetros do planeta, e os principais deles medem apenas 10 metros de altura. 

O astrônomo italiano Galileu Galilei foi o primeiro a observar os anéis de Saturno, em 1610. Já em 1655, o astrônomo holandês Christiaan Huygens usou um telescópio mais poderoso para observar o planeta, e propôs que ali havia um anel fino e plano. 

Quantos anéis tem Saturno?

Saturno tem quatro grupos de anéis principais e grupos de outros três, mais finos. Todos receberam nomes em ordem alfabética de acordo com a ordem em que foram descobertos.

Os anéis principais contados a partir do planeta são: D, C, B, A, F, G e E.

Já os anéis A e B são separados pela Divisão Cassini, um espaço de 4.700 km. 

Esquema dos anéis de Saturno e das luas do planeta (Imagem: Reprodução/NASA/JPL/Caltech)

Se você os observasse do topo de Saturno, veria os anéis com uma coloração clara. Aliás, vale informar que cada um orbita o planeta a uma velocidade diferente.

Luas de Saturno

O planeta Saturno é orbitado por luas que podem ser agrupadas conforme suas características. Titã, a maior lua de Saturno, foi observada primeiro pelo astrônomo Christiaan Huygens. Ela tem diâmetro de 5.149,5 km, o que a torna maior que Mercúrio, o menor planeta rochoso do Sistema Solar.

Algumas décadas depois, o astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini descobriu as luas Jápeto, Reia, Tétis e Dione. Em 1979, o astrônomo inglês William Herschel descobriu as luas Encélado e Mimas. Em 1848, os astrônomos William Lassell, W.C Bond e G.P. Bond identificaram a lua Hipério; finalmente, em 1898, W.H. Pickering descobriu a lua Febe. 

Encélado, lua de Saturno coberta por uma camada de gelo (Imagem: Reprodução/NASA)

Jano, a décima lua de Saturno, foi descoberta em dezembro de 1966 por Audouin Dollfus. Naquele mês, Richard Walker observou Epimeteu, outro satélite natural do planeta gigante. Na década de 1990, cientistas descobriram a lua Pan nos dados das sondas Voyager.

Quantas luas tem Saturno? 

Hoje, Saturno tem 146 luas e é o planeta com mais satélites naturais no Sistema Solar. O segundo é Júpiter, orbitado por 95 luas.

Curiosidades sobre Saturno

Saturno flutuaria na água

Saturno é o único planeta no Sistema Solar com densidade média menor que a da água. Se você o colocasse em uma banheira cheia, ele iria boiar!

Os anéis de Saturno “somem” às vezes

Como Saturno é inclinado, vemos seus anéis em diferentes posições ao longo do tempo.

Às vezes, os anéis de Saturno ficam tão finos em nossa perspectiva que se tornam quase invisíveis (Imagem: Reprodução/NASA)

Em intervalos de 13 a 15 anos, eles aparecem de frente em nossa perspectiva, ficando quase invisíveis se observados aqui da Terra. 

Dá para ver Saturno a olho nu

Saturno é um dos cinco planetas do Sistema Solar visíveis da Terra a olho nu, mas seus anéis e outros detalhes podem ser observados só com telescópios.  

Os anéis de Saturno são antigos — ou não

Os astrônomos suspeitam que os anéis de Saturno existem desde a formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos. Por outro lado, alguns estudos indicam que eles podem ter algumas centenas de milhões de anos. Ainda não há consenso sobre isso na literatura. 

Saturno e a mitologia

Saturno era a divindade da fortuna e da agricultura na mitologia romana. Na grega, a figura era representada por Cronos, divindade do tempo que devorava os próprios filhos para que nenhum roubasse o trono.  

Fotos de Saturno

Anéis de Saturno

Os anéis de Saturno são uma das características mais interessantes do planeta. Graças à sonda Cassini, os cientistas conseguiram entender melhor a dinâmica destas estruturas.

Os anéis de Saturno são feitos de pedaços de rocha e gelo (Imagem: Reprodução/NASA)

Hoje, os astrônomos consideram que há sete anéis, cada um identificado por uma letra própria. Mesmo assim, a origem exata dos anéis ainda representa um mistério para a ciência. 

Tempestade em Saturno

Enquanto estudava Saturno, a sonda Cassini flagrou uma tempestade gigante em seu polo norte: ela media 2 mil km de uma ponta à outra e seus ventos chegavam a 150 m/s.

Tempestade em Saturno observada pela missão Cassini; as áreas em vermelho indicam nuvens baixas, e as em verde, mais altas (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute)

A tempestade foi observada no infravermelho próximo e aparece com cores modificadas na foto acima. Para alguns, ela lembra o formato de uma rosa.

Sombra de Saturno

Em 2013, a Cassini tirou um verdadeiro “retrato de família” de Saturno. Ela mergulhou em sua sombra e registrou não só o gigante gasoso como sete das suas luas, seus anéis, Marte, Vênus e até a Terra.

“Retrato de família” de Saturno, Vênus, a Terra e nossa Lua (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/SSI)

Naquele dia, a Cassini capturou um mosaico panorâmico do sistema de Saturno. Os dados ajudaram os cientistas a identificar os detalhes nos anéis e no sistema do planeta, além de marcar a terceira vez em que a Terra foi fotografada a partir do Sistema Solar externo.

Foto da Voyager 1 

A sonda Voyager 1 foi lançada em 1977. Foi em novembro de 1980 que ela chegou a Saturno, e quatro dias após sobrevoar o gigante gasoso, voltou seus “olhos” para observar a aparência do planeta e seus anéis.

Saturno pelos “olhos” da sonda Voyager 1 (Imagem: Reprodução/NASA/JPL)

Após visitar Saturno e Júpiter, a Voyager 1 seguiu viagem para longe do Sol e deixou nosso sistema, mas continua monitorada pela NASA até hoje.

Aurora em Saturno

Saturno tem auroras que são produzidas de forma semelhante como ocorre aqui na Terra. Só que, por lá, as auroras são visíveis somente na luz ultravioleta, que é invisível aos olhos humanos — mas não para o telescópio Hubble, que tirou uma série de fotos do fenômeno por lá no ultravioleta.

Aurora observada no ultravioleta pelo Hubble combinada com imagens do planeta e seus anéis na luz visível (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, John T. Clarke (Boston University), Zolt G. Levay (STScI)

As imagens obtidas pelo telescópio mostram que, em Saturno, as auroras são bem dinâmicas: às vezes elas se movem, mas também podem ficar estáticas. Além disso, por lá elas são luminosas e permanecem visíveis por alguns dias.

Idade média 4,5 bilhões de anos
Distância do Sol 1,4 bilhões de quilômetros
Rotação 10,7 horas
Período orbital 29,4 anos 
Satélites 146
Composição hidrogênio e hélio
Temperatura no núcleo 8.315 ºC
Área da superfície 4,27 × 10^10 km²
Gravidade 10,44 m/s²
Massa 5,683 × 10^26 kg
Raio 58.232 km

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