A BMW revelou que planeja lançar seu primeiro veículo elétrico com célula de combustível (FCEV) em 2028. Esse tipo de tecnologia troca as baterias de íons de lítio por tanques de hidrogênio e é desenvolvida em parceria com a Toyota.

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Até o momento, a fabricante alemã não divulgou quais modelos serão produzidos em série com motores elétricos, células FCEV e tanques de hidrogênio, mas os testes foram feitos com um protótipo do SUV médio premium BMW iX5.

Já a Toyota é uma das referências globais nesse tipo de motorização. Seu principal modelo a hidrogênio, por exemplo, é o sedan Mirai, lançado originalmente em 2015 e que ganhou segunda geração em 2022.


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Atualmente, o Mirai é vendido nos mercados da Ásia, Europa e na Califórnia (EUA), além de estar em testes até mesmo no Brasil, bem como ter sido usado como veículo oficial nas Olimpíadas de Paris.

 

Terceira geração de carros a hidrogênio

Segundo BMW e Toyota, a parceria que já existe há 10 anos agora serve para desenvolver “sistemas de trem de força de célula de combustível de próxima geração” para serem usados em “veículos comerciais e de passeio” das duas marcas.

Como a base utilizada no Mirai, por exemplo, já está na segunda geração de desenvolvimento, os novos passos levarão à criação de “células de combustível individuais de terceira geração”, conforme as empresas.

No caso específico da BMW, porém, não existirá um modelo movido exclusivamente a hidrogênio, como o Toyota Mirai.

Os alemães planejam ter versões FCEV de modelos já conhecidos ao lado de variantes elétricas a bateria (BEV), híbridas plug-in (PHEV) e a combustão (ICE).

BMW iX5 Hydrogen foi protótipo de testes da tecnologia nos EUA, Europa, Japão e Oriente Médio (Foto: BMW/Divulgação)

Como foram os testes da BMW?

Nos testes da marca alemã, o iX5 rodou em diferentes mercados de EUA (o protótipo foi construído em Spartanburg, na Carolina do Sul), Europa, Oriente Médio e Japão. Equipado com dois tanques de hidrogênio, levou 6 kg do gás a 700 bar de pressão, abastecendo um motor elétrico de quase 300 cv por 504 km (ciclo WLTP).

A velocidade máxima era limitada a 180 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos.

No Brasil, o X5 híbrido (xDrive 50e), por exemplo, une motor turbo 6-em-linha a gasolina com motor elétrico de 22 kW. A potência combinada é de 489 cv, com máxima de 140 km/h no modo elétrico, 250 km/h no convencional, 0-100 km/h em menos de 5 s e autonomia total acima dos 600 km.

A vantagem de veículos FCEV sobre os BEV ou PHEV está no tempo de “recarga”. Abastecer tanques de hidrogênio é uma operação parecida com aquela de abastecer carros GNV aqui no Brasil. Em testes, leva de 3 a 10 minutos, contra pelo menos 30 minutos dos elétricos plugados em redes DC.

A desvantagem, porém, está na baixa oferta de postos de hidrogênio por conta do alto custo de produção e de distribuição do gás.

Motor elétrico do iX5 Hydrogen gera 300 cv, com tanques de gás permitindo autonomia de cerca de 500 km (Foto: BMW/Divulgação)

Outras fabricantes estudam hidrogênio

Além de Toyota, a sul-coreana Hyundai mantém esforços de adotar veículos a hidrogênio como alternativa aos BEV, como o crossover Nexus, que também já foi visto em testes no Brasil.

Entre as fabricantes alemãs, a Volkswagen (com sistema chamado Hymotion) chegou a testar unidades FCEV de Golf, Golf Variant, Tiguan e Passat. A conterrânea Mercedes-Benz também faz experimentos com o SUV GLC F-Cell (internamente chamado de GenH2), mas sua principal aplicação da tecnologia é com ônibus e caminhões elétricos.

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