Telegram
Telegram muda texto do FAQ e passa a divulgar que mensagens podem ser denunciadas a moderadores (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Telegram mudou algumas coisas do seu FAQ após a prisão do seu fundador, Pavel Durov, na França — ele foi solto no dia 28 de agosto. Agora, a página de dúvidas do app de mensagens informa que os usuários podem denunciar conteúdos ilegais. O aplicativo também criou um email para o envio de material relacionado a essas denúncias.

Remi Vaughn, porta-voz do Telegram, disse para o TechCrunch e The Verge que essa opção sempre existiu no app. O que mudou agora é que a plataforma está mais transparente sobre como os usuários podem relatar casos de violações às leis.

A empresa reforça que não bloqueia críticas a governos e que não tem acesso aos chats. Para este caso, Vaughn sugeriu que as pessoas verificassem o código-fonte do Telegram para confirmar que não houve alteração na privacidade das conversas.

Denúncias de conteúdo ilegal no Telegram

FAQ do Telegram agora explica aos usuários como denunciar conteúdo ilegal na plataforma (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)
FAQ do Telegram agora explica aos usuários como denunciar conteúdo ilegal na plataforma (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

O texto da mensagem do FAQ destaca a facilidade em denunciar mensagens na plataforma. Basta clicar na mensagem e em “Denunciar”. O Telegram também explica que usuários podem enviar denúncias no email abuse@telegram.org, onde os remetentes podem enviar o link da mensagem, capturas de tela ou conta.

Todas essas denúncias são avaliadas por moderadores. Vaughn explica que o ato de denunciar as mensagens se assemelha a função de encaminhar.

Mudanças após prisão de fundador

As alterações ocorrem uma semana depois de Durov ser preso na França, onde é investigado por colaborar com atividades criminosas. A polícia e a justiça do país veem omissão do Telegram em apagar conteúdo de abuso infantil e outros materiais ilegais.

Dias após ser solto, Durov publicou uma carta no seu canal do Telegram relatando a prisão. O russo, que tem cidadania francesa, emiradense e são cristovense, citou que o app não é um paraíso anárquico.

As investigações francesas que levaram à prisão de Durov envolvem casos de abuso infantil, tráfico de drogas e fraudes via Telegram. No Brasil, o Telegram já foi alvo de um pedido de suspensão por não entregar dados pedidos pela PF em uma investigação sobre grupos neonazistas.

Com informações: The Verge e TechCrunch

Telegram altera regras e informa sobre denúncia de conteúdo ilegal