Se você acha que o ser humano moderno — cuja espécie tem apenas alguns milhares de anos — é um animal resistente, é porque não conhece as criaturas que já sobreviveram a extinções em massa, eventos que mal conseguimos imaginar, como a morte dos dinossauros, com a famosa queda do asteroide.

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Como se uma extinção já não fosse impressionante, há animais que sobreviveram a nada menos do que as últimas cinco extinções em massa, ocorridas ao longo de 500 milhões de anos! Vamos citar quatro destes bichos duros na queda, mas, antes, um rápido resumo sobre os devastadores eventos.

A primeira extinção em massa do último meio bilhão de anos foi a do Final do Período Ordoviciano, há cerca de 443 milhões de anos. Após uma curta, porém intensa era do gelo que diminui o nível dos mares, cerca de 85% da vida marinha se extinguiu, como braquiópodes e trilobitas, espécies dominantes da época.


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Extinções em massa já foram causadas por vulcões, aquecimento global e até mesmo plantas — mas há quem tenha sobrevivido a quase todas elas (Imagem: Ása Steinarsdóttir/Unsplash)
Extinções em massa já foram causadas por vulcões, aquecimento global e até mesmo plantas — mas há quem tenha sobrevivido a quase todas elas (Imagem: Ása Steinarsdóttir/Unsplash)

A seguinte foi a Extinção do Final do Devoniano, entre 359 e 375 mi de anos atrás, que na verdade foi composta de diversas extinções seguidas ao longo de milhões de anos. Sua causa provável foi uma combinação de atividade vulcânica, resfriamento global e proliferação de plantas, que matou corais, trilobitas e vertebrados primitivos.

Então, vem a Extinção do Final do Permiano, há 252 mil de anos, também conhecida como a “Grande Morte”. Ela foi a mais severa de todas, quando 96% de toda a vida marinha se extinguiu, bem como 70% da vida terrestre.

Sua causa provável foram erupções vulcânicas nos Basaltos Siberianos, liberando gás carbônico em enormes quantidades, que causaram aquecimento global, acidificação do oceano e falta de oxigênio generalizada.

A penúltima foi a Extinção do Final do Triássico, há cerca de 201 mi de anos, quando 50% das espécies marinhas se perdeu, possivelmente pela atividade vulcânica que marcou a separação do supercontinente da Pangeia, que perturbou o ciclo de carbono e causou enormes mudanças climáticas.

A queda do asteroide na cratera de Chicxulub, no México, causou a última grande extinção na Terra (Imagem: Donald E. Davis/CC BY-SA 3.0)
A queda do asteroide na cratera de Chicxulub, no México, causou a última grande extinção na Terra (Imagem: Donald E. Davis/CC BY-SA 3.0)

Por fim, a mais famosa de todas foi a Extinção do Final do Cretáceo, também conhecida como K-Pg, quando os dinossauros não-avianos foram extintos pelo impacto do meteoro onde hoje fica o México. Vulcões do Basalto de Decão também podem ter contribuído para o colapso ambiental, no entanto, eliminando cerca de 75% das espécies vivas à época. Quem poderia ter sobrevivido a tudo isto?

Náutilo

Os náutilos são cefalópodes muito antigos, hoje caçados pela beleza das conchas (Imagem: Fernando Losada Rodríguez/CC-BY-S.A-4.0)
Os náutilos são cefalópodes muito antigos, hoje caçados pela beleza das conchas (Imagem: Fernando Losada Rodríguez/CC-BY-S.A-4.0)

Com nada menos do que 500 milhões de anos desde sua primeira aparição, os náutilos (ou nautilus) são adaptados ao mar profundo, evitando os efeitos das grandes extinções, que eram muito mais fortes na superfície. Eles se alimentam de pequenos peixes, crustáceos e carcaças, e essa dieta flexível também ajudou na sobrevivência. Eles pouco mudaram, evolutivamente falando, nos últimos 200 milhões de anos.

Caranguejo-ferradura

E falando em evolução, os caranguejos-ferradura têm a mesma planta baixa desde 450 mi de anos atrás, com um exoesqueleto rígido muito eficiente na proteção contra predadores e mudanças ambientais.

Os caranguejos-ferradura possuem um design simples, porém muito eficiente, garantindo sua sobrevivência por centenas de milhões de anos (Imagem: Wikimedia Commons/Didier Descouens)
Os caranguejos-ferradura possuem um design simples, porém muito eficiente, garantindo sua sobrevivência por centenas de milhões de anos (Imagem: Wikimedia Commons/Didier Descouens)

Eles conseguem sobreviver tanto nas profundezas marinhas quanto em águas costeiras rasas, e geram filhotes em números impressionantes. Por fim, seu sistema imune é poderoso, com um sangue azul contendo um forte coagulador, o lisado de amebócitos Limulus, capaz de identificar bactérias invasoras ccoom muita eficiência.

Tubarão

Embora pareça difícil dissociar esses predadores marinhos da nossa época, os tubarões são muito antigos — seu grupo animal, com olhos primitivos e dentição em filas desorganizadas, está na Terra há cerca de 400 milhões de anos, antes mesmo do surgimento das árvores. Parte desse sucesso se dá à dieta versátil, que vai da alimentação por filtragem à predação ativa.

Os tubarões conseguem se adaptar a muitas situações, tanto na alimentação quanto na reprodução e até no modo de nadar (Imagem: Gerald Schömbs/Unsplash)
Os tubarões conseguem se adaptar a muitas situações, tanto na alimentação quanto na reprodução e até no modo de nadar (Imagem: Gerald Schömbs/Unsplash)

Sua reprodução também é bastante flexível — eles podem ser ovíparos, pondo ovos, e vivíparos, dando à luz filhotes já prontos para começar sua própria luta pela vida desde o útero. Seu esqueleto cartilaginoso também é uma vantagem, já que é mais leve e maleável do que o ósseo, economizando energia.

Celacanto

O celacanto é, talvez, o maior representante da linhagem de peixes-de-nadadeira-lobada, que povoam os mares desde muito tempo. já há 400 mi de anos. Sua adaptação garantiu a sobrevivência com pouca necessidade de evolução por todos os períodos geológicos, conseguindo viver em diversos ambientes marinhos.

O celacanto pouco mudou em centenas de milhões de anos, e é tão resiliente que já acreditou-se estar extinto (Imagem: FunkMonk/CC-BY-2.0)
O celacanto pouco mudou em centenas de milhões de anos, e é tão resiliente que já acreditou-se estar extinto (Imagem: FunkMonk/CC-BY-2.0)

Eles vivem no mar profundo, o que inclusive dificultou sua detecção — por muitos anos, os cientistas acreditavam que os celacantos já estavam extintos há ao menos alguns milhões de anos. Sua bexiga natatória é bem desenvolvida e adaptada, bem como seu sistema lateral para detectar presas nas profundezas, fazendo com que dominassem seu ambiente como nenhum outro peixe seria capaz.

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