A saúde está diretamente relacionada com a qualidade do ar que respiramos, algo que se torna ainda mais preocupante quando ocorrem grandes queimadas e há formação de fuligem. Para acompanhar esse indicador em tempo real, é possível usar algumas ferramentas gratuitas, como o mapa interativo da empresa suíça de tecnologia IQAir, com Inteligência Artificial (IA).

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  • Como as queimadas prejudicam a saúde, segundo especialista

Quando a qualidade do ar está muito baixa, é preciso adotar algumas medidas de proteção para evitar complicações de saúde, como manter as janelas de casa fechadas e usar filtros de ar. No entanto, isso nem sempre é possível e cerca de 6,7 milhões de pessoas morrem por ano devido à poluição do ar, segundo a Organização Mundial (OMS).

“Riscos de saúde aumentados, como infecções respiratórias, doenças cardíacas, derrame e câncer de pulmão, podem afetar gravemente pessoas que já estão doentes, como crianças, idosos e pessoas pobres”, afirma a OMS. Além disso, “a má qualidade do ar aumenta o risco de natimorto, aborto espontâneo e condições neurológicas, como comprometimento cognitivo e demência”, complementa. Então, mapas de monitoramento são mais do que importantes.


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Monitorando a qualidade do ar

Buscando formas de informar as pessoas sobre os riscos, surge o mapa interativo sobre a qualidade do ar em tempo real da IQAir. A ferramenta une medições feitas por governos, cientistas e cidadãos, como estações de monitoramento terrestres ou sensores, além de imagens de satélite e sistemas com IA.

Mapa sobre a qualidade do ar une informações provenientes de estações de monitoramento, sensores, dados de satélite e análises feitas por IA (Imagem: RAMMB/Cira/Noaa)

Antes de serem publicados, as informações do mapa interativo são validadas por uma ferramenta com IA. Ela utiliza bilhões de pontos de dados sobre qualidade do ar e reconhecimento de padrões para sinalizar o que considera inapropriado. Isso é importante em caso de medições discrepantes das tendências locais.

Nível de MP2,5 na atmosfera

Como base de todo o monitoramento, está a presença do material particulado fino de até 2,5 mícrons (2,5 µm) na atmosfera. Popularmente, é conhecido como MP2,5 (ou PM2,5, em inglês) e pode englobar qualquer material sólido ou líquido suspenso no ar (como fumaça e poeira).

São partículas microscópicas e inaláveis, liberadas pela combustão de combustíveis fósseis ou de matéria orgânica, por exemplo. Ao ser inalada, entra nas vias respiratórias e pode causar uma série de problemas de saúde, ainda mais entre os grupos de risco (crianças, idosos, grávidas e pessoas com doenças cardíacas e pulmonares). 

Entenda o mapa interativo

Agora sim dá para entender como funciona o mapa interativo, baseado no Índice de Qualidade do Ar (IQA) e em indicações de segurança da OMS e das agências norte-americanas. 

Dependendo da concentração de poluentes na atmosfera (especificamente MP2,5), a nota no IQA vai subindo até 500. As cores também vão se intensificando do verde (“bom”) até o marrom (“perigoso”). 

Atualizado em tempo real, mapa interativo mostra a qualidade do ar no Brasil e no mundo (Imagem: IQAir)

O mapa também aponta para os possíveis focos de incêndio e a direção dos eventos (dando pistas sobre quais são as próximas regiões a serem afetadas pela poluição atmosférica).

A seguir, veja quais são as classificações:

Qualidade do ar boa

Com notas entre 0 a 50 no IQA, a qualidade do ar é classificada como boa e recebe um selo verde. Então, a pessoa pode realizar as atividades ao ar livre, sem preocupações. As janelas também podem ficar abertas, circulando o ar.  

Qualidade do ar moderada

Variante entre 51 e 100, a qualidade do ar é moderada. Nesse cenário, a cor predominante no mapa é amarela. Aqui, pessoas mais sensíveis ao risco da poluição já devem reduzir os exercícios ao ar livre. Também vale ter cautela em relação à janela aberta.

Qualidade do ar insalubre para grupos de risco

Quando o IQA está entre 101 e 150, a qualidade do ar se torna insalubre para grupos de risco, o que é representado pela cor laranja. Há risco generalizado de as pessoas sentirem irritação nos olhos, pele e garganta. Vale reduzir as atividades ao ar livre, especialmente para indivíduos dos grupos de risco. As janelas abertas começam a ser desencorajadas.

Inclusive, “um purificador de ar de alto desempenho deve ser ligado [quando disponível] se a qualidade do ar interno não for saudável”, afirma artigo da IQAr. Isso pode ser feito com o uso do próprio ar-condicionado.

Qualidade do ar insalubre

Se o índice está entre 151 e 200, a qualidade do ar já é considerada insalubre. Então, os risco à saúde passa a ser generalizado e quadros de doenças pulmonares e cardiovasculares podem ser agravados. 

Passam a ser recomendados os usos de máscaras com capacidade de filtragem das MP2,5 (como N95 ou PFF2) e de purificadores de ar, buscando reduzir os danos.

Qualidade do ar muito insalubre

Se uma região no mapa estiver com a coloração roxa, isso significa que a qualidade do ar está muito insalubre. O índice varia entre 201 e 300. Então, a recomendação geral é evitar atividades ao ar livre, usar máscaras, manter janelas fechadas e usar purificadores de ar, se disponíveis.

Qualidade do ar perigosa

Quando o índice ultrapassa os 300 pontos, inalar o ar se torna perigoso devido à alta concentração de MP2,5. Nesses casos, a região é caracterizada pelo marrom. “Todos correm alto risco de sofrer forte irritação e efeitos negativos à saúde que podem desencadear doenças cardiovasculares e respiratórias”, afirma o texto. As outras medidas de proteção continuam válidas, como máscaras e purificadores.

Como a atualização do mapa é feita em tempo real, ao longo do dia, as classificações de risco para a qualidade do ar podem variar. Isso é mais comum quando começam incêndios florestais e essa fumaça tóxica se espalha, por exemplo.

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