Os cientistas da China vêm analisando as amostras do lado afastado da Lua obtidas pela missão Chang’e 6, e revelaram na quarta (18) um pouco do que já descobriram. Segundo os pesquisadores, esta região que nunca pode ser vista da Terra contém uma mistura de basaltos e de materiais de outras regiões já estudadas por missões chinesas anteriores. 

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Segundo os cientistas, as amostras da Chang’e 6 podem “ser o resultado da mistura de solo lunar maduro com materiais ‘frescos’ ejetados”. A suspeita vem das crateras de impacto recentes encontradas perto do local de pouso da missão. 

Além disso, eles perceberam que as amostras têm características bem diferentes daquelas obtidas por outras missões, como as que foram obtidas durante o programa Apollo. Por exemplo, o regolito lunar do solo afastado tem partículas mais claras do que aquelas obtidas pela missão Chang’e 5, coletadas do lado lunar que vemos da Terra, possivelmente porque vieram de impactos. 


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Ainda, as novas amostras têm densidade menor, sendo mais desagrupadas e porosas do que aquelas obtidas por outras missões. “Esses basaltos dos mares [lunares] locais documentam a história do vulcanismo do lado oculto da Lua, enquanto os fragmentos não basálticos podem oferecer percepções críticas sobre a crosta do planalto lunar, derretimentos do impacto [da bacia do Polo Sul-Aitken] e, potencialmente, do manto lunar profundo”, escreveram. 

Cápsula com as amostras do lado afastado da Lua (Imagem: Reprodução/CCTV)

Os resultados vêm do 1,9 kg de amostras coletadas pela missão Chang’e 6 da Bacia do Polo Sul Aitken, a maior, mais profunda e mais antiga bacia de impacto em nosso satélite natural. O sucesso da missão tornou a China o primeiro — e, por enquanto, único — país a coletar amostras da região e trazê-las à Terra. 

Para Richard de Grijs, professor da Universidade Macquarie, na Austráila, as diferenças entre os materiais obtidos nos dois lados da Lua podem ser resultado do local de onde foram coletados. Segundo ele, como a Bacia do Polo Sul-Aitken é uma cratera de impacto profunda que cobre uma das áreas de crosta mais fina na Lua, ela “pode fornecer acesso a amostras de solo mais fundo na crosta do que as da superfície”. 

Além disso, ele destacou que o lado afastado está sempre orientado na direção oposta à da Terra, o que faz com que tenha frequência de impactos maior que o outro lado. “As amostras de solo do lado distante vão incluir material da superfície, bem como amostras mais profundas de ejeção e impactos, o que, por definição, vai resultar em química e composições diferentes das amostras de superfície mais rasas do lado lunar visível”, finalizou.

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