Nossa galáxia deveria estar repleta de sinais de rádio alienígenas, mas os cientistas ainda não detectaram nenhuma tentativa de comunicação. Um novo estudo sugere que isso pode ser porque ainda não temos a tecnologia quântica necessária para ouvir nossos supostos vizinhos.
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Há muitas hipóteses possíveis para a ausência de sinais: se aliens realmente existirem, talvez os estejam com medo, já tenham desaparecido ou precisemos esperar mais algum tempo. Ou, como propõe o físico Latham Boyle, eles podem usar uma tecnologia avançada demais para nós.
Em um estudo recente, Boyle sugere que civilizações alienígenas poderiam se comunicar por sinais quânticos — uma forma de transmitir informações usando propriedades como o entrelaçamento e a superposição de partículas.
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Usando qubits, a tecnologia permitiria comunicações mais seguras, pois qualquer tentativa de interceptação altera o estado das partículas, revelando “curiosos”. Para, “a possibilidade de comunicação quântica interestelar é intrigante porque expande a noção de comunicação interestelar de maneiras fundamentais”.
Comunicação clássica x quântica
A comunicação clássica utiliza as propriedades das ondas eletromagnéticas para transmitir sinais, como os de rádio. Ao ajustar frequência e comprimento de onda dos fótons de um transmissor, podemos transferir informações que podem viajar pelo espaço interestelar à velocidade da luz.
No entanto, a mecânica quântica descobriu que os fótons se comportam de modo muito estranho, envolvendo mais do que apenas o comprimento de onda e a frequência. Por exemplo, as ondas podem existir em múltiplos estados, entrelaçando-se de maneira que suas propriedades somadas permitem calcular, comunicar e teletransportar informações de maneiras que fótons isolados não conseguem.
Em uma conexão quântica, vários fótons contribuem para uma única transmissão, exigindo que o receptor seja capaz de receber a maioria deles. Caso contrário, a mensagem não poderia ser interpretada com precisão, ou sequer identificada.
De acordo com os cálculos de Boyle, uma antena parabólica para transmitir e receber sinais quânticos precisaria ter mais de 100 quilômetros de largura, ou os estados quânticos não se manteriam após percorrer longas distâncias no espaço.
Antenas menores poderiam captar comprimentos de onda mais curtos, mas para obter fótons suficientes, essas antenas precisariam estar em lugares afastados da atmosfera terrestre, como a Lua.
Vale destacar que, embora apresente cálculos baseados no que sabemos sobre comunicação quântica, o estudo é apenas especulativo, já que a existência de seres extraterrestres ainda não foi confirmada. O artigo está disponível no arXiv.org e não foi revisado por pares.
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