Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira (7) mostra que, em 2023, os rios tiveram a pior seca em pelo menos 30 anos. A grande preocupação do artigo é que o calor e a seca estão minando cursos de água vitais.

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“À medida que o planeta aquece, estamos enfrentando problemas crescentes de muita ou pouca água”, diz o relatório assinado pela secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial da ONU, Celeste Saulo.

“O derretimento do gelo e das geleiras ameaça a segurança hídrica de longo prazo para muitos milhões de pessoas. E ainda assim não estamos tomando as medidas urgentes necessárias”, aponta a autora. 


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A secretária-geral menciona que essas chuvas, inundações e secas cada vez mais extremas são como um sinal de socorro do planeta, e causam grande impacto em vidas, ecossistemas e economias.

A agência meteorológica da ONU estima que cerca de 3,6 bilhões de pessoas enfrentam a falta de acesso à água durante pelo menos um mês por ano. A projeção para 2050 é ainda spera-se que esse número aumente para 5 bilhões até 2050.

2023: o ano mais quente

O alerta vermelho é tamanho que simplesmente 2023 foi o ano mais quente dos últimos 100 mil. O mais preocupante é que 2024 pode ser ainda mais quente que 2023. 

No ano mais quente, as bacias dos rios Mississippi e Amazonas bateram recorde: estavam em níveis mínimos. Enquanto os rios Ganges, Brahmaputra e Mekong também se destacaram pela seca.

Rios do mundo todo enfrentam pior seca dos últimos 30 anos (Imagem: Keagan Henman/Unsplash)

Segundo o relatório da ONU, em quase metade do mundo, os rios estavam mais secos do que o normal. A onda de calor também foi responsável por encolher geleiras.

O mundo perdeu mais gelo em 2023 do que em pelo menos cinco décadas, de modo que as geleiras na Europa e América do Norte foram as principais atingidas.

Situação no Brasil

O relatório comenta que no Brasil, “a Amazônia teve chuvas abaixo do normal, com oito estados experimentando a menor precipitação de julho a setembro em mais de 40 anos”.

Inclusive, o Rio Negro em Manaus viu o menor nível registrado desde 1902, com níveis de água atingindo 12,70 m. “A região amazônica sofreu uma perda de armazenamento entre 2022 e 2023, resultando na maior seca já registrada na bacia”.

Já no sudeste do Brasil, o material da ONU indica “uma perda de armazenamento nos poços de monitoramento com provável origem no padrão típico de precipitação induzido por La Niña”.

Na sexta-feira (4), o Rio Negro bateu recorde histórico de nível baixo, por causa da seca na Amazônia. Na ocasião, foi atingida a marca de 12,66 m.

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