A castanha-do-Pará pode salvar o seu intestino. É o que diz um novo estudo da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que se concentrou nos efeitos do consumo dessa castanha em mulheres com sobrepeso ou obesidade. Ao todo, 46 voluntárias participaram.
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Conforme mostra o estudo, a castanha-do-Pará pode contribuir com melhorias associadas à inflamação e à impermeabilidade intestinal (que pode permitir a entrada de substâncias tóxicas).
“A obesidade está associada à inflamação de baixo grau e ao aumento da permeabilidade intestinal (IP). A castanha-do-Pará parece ser uma intervenção dietética promissora para controlar a inflamação ao aumentar as defesas antioxidantes”, escreve o grupo.
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As participantes do estudo publicado no periódico Journal of Nutrition foram divididas em dois grupos, e a o longo de oito semanas, ambos os grupos seguiram uma dieta controlada em calorias. Um deles comeu duas castanhas-do-Pará por dia, e o outro grupo não comeu nenhuma.
Biomarcadores e inflamação
Para o estudo, a equipe de cientistas observou os principais biomarcadores no corpo em busca de evidências significativas de menor inflamação para o grupo que comeu nozes, em comparação com o outro grupo.
“Nosso objetivo foi avaliar o efeito do consumo diário de castanha-do-Pará em biomarcadores inflamatórios no contexto de uma intervenção com restrição energética. Além disso, avaliamos a correlação entre as mudanças nesses marcadores inflamatórios e as mudanças no selênio sérico”, explicam os autores.
Segundo eles, o selênio desempenha um papel crucial no controle da resposta inflamatória ao mediar a interação entre as vias de estresse oxidativo.
O selênio desempenha funções como ação antioxidante, protegendo as células contra danos causados pelos radicais livres. Também tem uma relação direta com a prevenção do envelhecimento precoce.
Intestino e obesidade
O estudo defende que a literatura científica traz evidências convincentes de que há uma ” relação entre obesidade, inflamação e perturbações intestinais, incluindo aumento da permeabilidade intestinal”.
No início do ano, um estudo publicado na revista Cell Host & Microbe sugeriu que as bactérias do intestino podem ajudar a prevenir a obesidade.
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