De acordo com novos levantamentos da agência de mercado IDC, a venda de MacBooks teve uma expressiva queda de 24,2% no terceiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado.

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Os números mostram que a Apple teve o pior resultado proporcional entre as seis maiores empresas do segmento. Com isso, ela ficou muito próxima da ASUS ao dividir a quarta colocação entre as companhias que mais realizam remessas de laptops.

A liderança fica por conta da Lenovo, com um total de 16,5 milhões de unidades. Trata-se de um aumento de 3% em relação à produção do terceiro trimestre do ano passado, e um acréscimo de 1,3 ponto percentual na fatia de mercado da companhia.


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Outro destaque fica por conta da ASUS, que teve o maior aumento proporcional nas remessas de notebooks, em uma variação positiva de 10%. Já a parcela de mercado cresceu em 0,9 ponto percentual.

Vendas de laptops da Apple caíram (Imagem: Divulgação/Apple)

Os resultados das maiores marcas podem ser conferidos abaixo, com valores de remessas expressos em milhões de unidades:

Remessas 3T 2023 Remessas 3T 2024 Variação de remessas Fatia de mercado 2023 Fatia de mercado 2024
1 – Lenovo 16,0 16,5 3,0% 22,7% 24,0%
2 – HP 13,5 13,6 0,4% 19,2% 19,7%
3 – Dell 10,3 9,8 -4,0% 14,5% 14,3%
4 – ASUS 5,0 5,5 10,0% 7,0% 7,9%
4 – Apple 7,0 5,3 -24,2% 10,0% 7,8%
5 – Acer 4,3 4,5 4,4% 6,1% 6,6%
Outras 14,4 13,6 -5,6% 20,4% 19,7%
Total 70,5 68,8 -2,4% 100% 100%

Nota: o IDC considera um empate estatístico entre Apple e Asus, dada a proximidade entre os resultados obtidos pelas duas empresas

O levantamento também mostrou que as remessas globais de PCs tradicionais caíram 2,4% ano a ano, totalizando 68,8 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2024.

Mesmo que a economia global tenha mostrado sinais de recuperação, fatores como o aumento de custos e a reposição de estoques no trimestre anterior contribuíram para um ciclo de vendas ligeiramente mais lento.

De acordo com Jitesh Ubrani, gerente de pesquisa da divisão global de mobile da IDC, a demanda por PCs retornou tanto entre consumidores quanto compradores comerciais.

No entanto, grande parte da procura permaneceu concentrada em modelos de entrada, impulsionados pela temporada de volta às aulas na América do Norte.

Por outro lado, Ubrani destacou que PCs equipados com inteligência artificial, como os Copilot+ da Qualcomm, além dos chips equivalentes da Intel e AMD e dos futuros Macs baseados no M4 da Apple, devem aumentar as vendas dos modelos mais caros ao londo dos próximos meses.

Já Linn Huang, vice-presidente de pesquisa de dispositivos e displays da IDC, a inteligência artificial deve se tornar amplamente adotada no futuro, mas sua popularização no mercado de massa será mais lenta:

“Mesmo que a IA deva se tornar totalmente presente até o final da década, a chegada ao mercado de massas deve ter uma adoção mais lenta que o previsto, somente a partir de 2026”

Huang acrescentou que o próximo ano será focado no desenvolvimento de software, casos de uso e públicos-alvo para esse hardware com IA.

A demanda comercial fora do setor educacional também se manteve forte, já que diversas empresas precisaram atualizar seus PCs devido ao fim do suporte ao Windows 10.

Por sua vez, Bryan Ma, vice-presidente da divisão global de mobile da IDC, comentou que, após dois trimestres de crescimento moderado, o mercado está em uma pausa antes do período de compras de final de ano. Ele observou que, apesar dos riscos decorrentes do cenário geopolítico atual, há otimismo suficiente para que o mercado registre um crescimento de um dígito em 2025.

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